Sem apoio político do seu partido, o governador interino resolveu deixar o cargo. Mais cedo, ele já havia pedido desfiliação do Democratas
Depois de pedir desfiliação do partido Democratas, o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (sem partido), vai renunciar ao cargo. A informação foi confirmada pela assessoria do governo do DF. A carta de renúncia esta marcada para ser entregue às 17h na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Pela hierarquia, quem assume o governo do DF interinamente é o deputado distrital Wilson Lima (PR-DF), presidente da Câmara. Também tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de intervenção federal feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Na semana passada, Paulo Octávio já tinha “ensaiado” um pedido de renúncia. Ele chegou a convocar a imprensa para anunciar sua decisão, mas voltou atrás,apesar de dizer que já tinha sua carta de renúncia pronta. Com sua saída, o cargo deve ser ocupado pelo presidente da Câmara, Wilson Lima (PR).
Paulo Octávio ocupava o cargo havia quase duas semanas, em substituição ao governador José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), afastado e preso por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por tentar subornar uma testemunha do suposto esquema de corrupção no governo do Distrito Federal.
Arruda, Octávio, deputados distritais, integrantes do governo e empresários são investigados por envolvimento com o suposto esquema de corrupção, que ficou conhecido como “mensalão do DEM de Brasília”. De acordo com as investigações, Arruda seria o comandante do esquema, o que ele nega.
Intervenção – Apesar do pedido de renúncia, o Distrito Federal corre o risco de sofrer uma intervenção federal. Um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) deve ser analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em data ainda não marcada.
Informações Agência Brasil e G1