A enchente histórica que assolou o Rio Grande do Sul desde o fim de abril afetou diversos bairros de São Leopoldo. A prefeitura ainda faz o levantamento dos danos para saber quanto será o prejuízo, mas já estima que mais de 34 mil residências foram atingidas parcial ou totalmente.
Com as águas baixando, a população se vê agora buscando formas de recuperar o que foi perdido, enquanto a prefeitura trabalha para restabelecer ruas e serviços públicos. Ao todo, segundo a prefeitura, cerca de 180 mil pessoas foram impactadas na cidade, entre desalojadas ou desabrigadas. O São Leopoldo tem cerca de 240 mil habitantes, segundo o censo mais recente do IBGE.
O prefeito Ary Vanazzi decretou situação de calamidade pública. A tarefa da Administração, de empresas e voluntários nos últimos dias tem sido drenar as áreas alagadas, para depois concluir o levantamento dos prejuízos no município.
Os bairros do Nordeste, Norte, Sudoeste, Sudeste, Oeste e Sul (parte do Centro) foram os mais afetados pela enchente. A prefeitura estima que 34.100 unidades habitacionais tenham sido atingidas parcial ou totalmente nessas regiões.
Os alagamentos também impactaram severamente serviços essenciais para população, como o abastecimento de água, mobilidade urbana e o fechamento de escolas e unidades básicas de saúde.
São Leopoldo já iniciou um plano abrangente de recuperação, que começou pela drenagem das áreas atingidas e reparação das infraestruturas afetadas, como os diques do Arroio da João Corrêa e Vila Brás. Outras medidas incluem a limpeza dos prédios públicos atingidos, restabelecimento do abastecimento de água potável e distribuição de alimentos para os abrigos.
Limpeza da cidade
De acordo com a prefeitura de São Leopoldo, em 19 dias de trabalho mais 18 mil toneladas de resíduos extra domiciliares foram recolhidos de bairros atingidos pela enchente, descartados em vias públicas.
A força-tarefa para realizar essa limpeza é administrada pela Secretaria de Serviços Urbanos (Semurb) e conta com o apoio da Secretaria de Obras e Viação (Semov), subprefeituras da Zona Norte e Leste e Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae).
Atualmente são 100 caminhões caçambas, 9 caminhões garra, 50 retroescavadeiras e 350 pessoas trabalhando diariamente, de segunda a segunda, para reconstruir São Leopoldo.
Como pedir ajuda
Para reportar danos ou buscar assistência, os cidadãos podem contatar a Ouvidoria Municipal pelo número 156. Além disso, estão disponíveis benefícios como saque do FGTS Calamidade e programas habitacionais do Governo Federal para aqueles que perderam suas residências.