Os moradores do bairro São Miguel, em São Leopoldo, não se assustam mais com o nível da água, que está baixando após a enchente histórica. Agora, a preocupação é outra: a coloração. Nos últimos dias, é possível notar que a água passou da cor marrom dos primeiros dias das cheias para uma cor escura.
A coloração vem assustando os moradores da região, que temem por não saber o que pode conter na água para que ela fique de cor escura e nem o que o contato com ela pode causar. Ainda mais, que neste momento, as pessoas querem voltar às suas residências para ver como estão seus objetos, já que água baixou.
Técnicos do Departamento de Operações do Serviço Municipal de Água e Esgotos (Semae) realizaram uma primeira análise da “água preta” encontrada em uma área alagada pela enchente, junto a um condomínio no bairro São Miguel, nas proximidades do dique, em São Leopoldo.
Sobre a coloração da água acumulada no Condomínio Charrua, no São Miguel, o Corpo de Bombeiros fez uma coleta e o Departamento de Operações do Semae realizou uma análise da água mais clara e outra da escura. Segundo a autarquia, o resultado é de que se trata de água oriunda da chuva e do Rio dos Sinos, com a difusão de diversos resíduos acumulados e muitos dias de água parada.
Nesta terça-feira (21), o Semae realizou uma segunda coleta no local para verificação. Assim, caso ocorra a identificação de sedimentos e substâncias com cargas tóxicas, a prefeitura deverá afirma que vai promover uma limpeza mais criteriosa.
Cuidados e Prevenção
Por segurança, Semae e prefeitura de São Leopoldo orientam que os moradores de áreas submersas devem ter cuidados especiais com relação à água represada em vias públicas, casas, condomínios, empresas, comércio e demais locais públicos, que envolvam questões ambientais decorrentes do momento e situação em que a cidade passa pelo estado de calamidade pública.
Entre as orientações estão a de se evitar acessar esses territórios alagados até que ocorra a total drenagem e escoamento das águas das cheias. Entrar na agua, apenas se necessário for e dentro das possibilidades, utilizar botas e luvas, e evitar o contato direto com a água, para prevenir eventuais doenças como leptospirose, hepatite e tétano, por exemplo, além de perigos decorrentes de água poluída e/ou materializadas por substâncias tóxicas.