Principal aliado do PT, partido coletou assinaturas necessárias para propor o corte de 14 pastas. Quando lembrado de que tem cinco ministérios, PMDB tem usado de ironia para tentar mostrar seu desprendimento.
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O líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), anunciou nesta quinta-feira, dia 18, que completou as 171 assinaturas necessárias para apresentar um projeto de emenda constitucional que reduz de 39 para 25 o número de ministérios do governo federal.
Ele pretende entregar o projeto no mês que vem, logo que o Congresso voltar das férias. A redução no número de ministérios é uma ação que atinge diretamente o governo da presidente Dilma Rousseff, que usa as quase quatro dezenas de ministérios para abrigar os partidos aliados, entre eles o próprio PMDB.
O ataque dos peemedebistas ao número de ministérios não é exclusividade do líder Eduardo Cunha. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara,Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou que já levou à presidente Dilma a sugestão para que sejam extintos 14 ministérios, ficando o governo com os 25 sugeridos na proposta de emenda constitucional de Cunha.
O partido, que tem Michel Temer na vice-presidência, decidiu encampar também a bandeira contrária ao financiamento público de campanhas, uma das principais do PT, propalando a tese de as doações continuarem sendo privadas, mas restritas a partidos políticos.
Quando é lembrado de que tem cinco ministérios, o PMDB tem usado de ironia para tentar mostrar seu desprendimento em relação ao rema. “O PMDB tem ministro, não tem ministério,” repete Eduardo Cunha, quase como um mantra.
Reforma política também é foco
O PMDB tem atuado como contraponto ao PT também no debate sobre a reforma política. Depois de comandar a derrubada da proposta de Dilma de realizar um plebiscito imediatamente sobre o tema, o partido de Temer quer dominar os rumos da discussão no Congresso.
A ideia é construir consensos e ir levando propostas diretamente a votações em plenário.
Para começar, o partido está semeando uma nova proposta de custeio de campanhas que pode atender à maioria da Casa e derrubar a tentativa do PT de emplacar o financiamento público. A ideia, elaborada pelo ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), é de manter a doação privada, mas restringi-la a partidos.
Informações de ZH
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