Alexandre Conceição afirma que falta de avanço na pauta agrária durante o Governo Dilma “gera uma coisa conflituosa”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O deputado petista gaúcho Pepe Vargas (foto), que assumiu nesta quarta-feira, dia 14, o Ministério do Desenvolvimento Agrário, encontra um cenário diferente da realidade vivida por seu antecessor, Afonso Florence (PT-BA), no início do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).
Irritados com o que consideram “lentidão” e “falta de compromisso” do governo com a questão agrária, os movimentos de trabalhadores rurais tomaram a decisão de se unificarem na jornada de lutas. “Como a pauta agrária no início do Governo Dilma não avançou, as desapropriações foram vergonhosas, pior índice dos últimos 16 anos, isso gera uma coisa conflituosa”, avalia um dos coordenadores nacionais do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST Alexandre Conceição. “Este ano será um ano atípico na luta no campo que será muito mais forte, sem dúvida”, afirmou.
O MST esteve engajado na campanha da presidenta Dilma Rousseff e, em abril do ano passado, de acordo com Conceição, a relação com o novo governo ainda se definia. “Como na campanha ela assumiu o compromisso de dar continuidade ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nós entendemos que seria dar continuidade às desapropriações”, destacou.
No entanto, ao final de um ano de governo, de acordo com dados do MST, somente 22 mil famílias foram assentadas. Só do MST, há cerca de 100 mil famílias esperando pelas desapropriações de terra.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Wilson Dias / ABr