Reeleito com mais de 53% dos votos em 07 de outubro, atual prefeito não sabe se poderá cumprir novo mandato a partir de 2013 por ter sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Falaram os advogados do PT; falaram os advogados do PMDB. E os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não sentiram-se suficientemente satisfeitos para decidir o futuro do atual prefeito de Novo Hamburgo, Tarcísio Zimmermann (PT).
Depois da sustentação oral dos advogados das duas partes e do voto do relator do processo, ministro Arnaldo Versiani, que negou provimento ao registro de candidatura, a ministra Nancy Andrighi pediu vistas. A angústia aumenta. Agora, o processo que versa sobre a possibilidade de Zimmermann cumprir mais um mandato, a partir de 2013, só deve ser retomado na próxima terça-feira, dia 30. “Nosso calvário continua, com o pedido de vistas o processo volta a ser julgado terça-feira que vem”, declarou Guilherme Zimmermann logo após o adiamento, no seu perfil no Facebook. Ele é filho do prefeito e foi um dos coordenadores da campanha que o reelegeu com mais de 53% dos votos no dia 07 de outubro.
Leia Mais
TSE adia decisão sobre Tarcísio Zimmermann e em Sobradinho, candidato eleito é impugnado
Eleições 2012: Ministro do TSE mantém Tarcísio sem registro de candidatura
O caso estava na pauta da noite desta quinta no TSE. Por telefone, de Brasília, o prefeito comentou ao Jornal NH a situação. “Significa que ela (a ministra Nancy Andrighi) tem alguma dúvida mais consistente.” Até agora as manifestações da ministra em julgamentos anteriores foram pela inelegibilidade de candidatos enquadrados na Ficha Limpa, em situações semelhantes, até o dia 31 de dezembro. “Os argumentos do doutor Márcio (Silva, advogado do PT) balançaram um pouco. Acho que ela resolveu examinar um pouco melhor o processo.”
Entenda o caso
Em 2004, então candidato à prefeitura, Tarcísio Zimmermann participou da inauguração do Centro de Atendimento Sócio-Educativo (Case) e teve o registro cassado naquele ano. Disputou outras duas eleições normalmente porque só com a validade da Lei da Ficha Limpa as condenações por condutas vedadas passaram a tornar o candidato inelegível por oito anos. É o que dá base, hoje, ao indeferimento da candidatura.
Pela mesma razão, o ex-prefeito Jair Foscarini (PMDB) teve o registro de sua candidatura a vereador nas Eleições 2012 negado. O peemedebista também participou da inauguração da Case em 2004, motivo pelo qual a eleição a prefeito foi anulada e um novo pleito foi realizado em 2005. Como não havia Ficha Limpa na época, Foscarini elegeu-se e exerceu seu mandato até 2008 normalmente. Ele desistiu de concorrer a uma vaga na Câmara Municipal esse ano.
FOTO: arquivo / novohamburgo.org