Exibições terão custo zero para os 25 partidos e terão um impacto de R$ 418 milhões nos cofres públicos, equivalente ao Bolsa Família anual de 1,6 milhão de pessoas.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Durante 48 noites em 2011, e sempre às quintas-feiras, as emissoras de TV vão interromper a programação normal para dar espaço a líderes de 25 partidos.
Metade dessas legendas ainda terá direito a mais de 40 aparições de 30 segundos em rede nacional de rádio e televisão para fazer propaganda de seus feitos políticos.
Essas exibições terão custo zero para os partidos e R$ 217 milhões para os contribuintes brasileiros. Outros R$ 201 milhões em recursos públicos serão destinados para o custeio de despesas de partidos com viagens, aluguel de imóveis e pagamento de funcionários, entre outras.
No total, o financiamento público dos partidos – não confundir com o de campanhas, ainda um projeto em discussão – terá um impacto de R$ 418 milhões, o equivalente ao que o programa Bolsa Família gasta, em média, para atender durante um ano a 430 mil famílias, ou mais de 1,6 milhão de pessoas.
Esse valor vai se multiplicar caso o futuro Congresso aprove, na discussão da reforma política, o financiamento público das campanhas eleitorais – uma bandeira do PT que encontra simpatizantes tanto entre governistas quanto oposicionistas.
Atualmente, o custo total dos partidos não se mede apenas pelo que sai dos cofres públicos, mas também pelo que deixa de entrar. As emissoras de rádio e televisão, como compensação pelo tempo destinado à propaganda das legendas, têm um desconto em parte de seus impostos ao governo federal. Essa renúncia fiscal – que é maior em anos eleitorais – chegará a R$ 217 milhões em 2011, segundo o projeto do Orçamento Geral da União encaminhado ao Congresso.
Os partidos grandes são mais “caros” para os contribuintes, mas não há relação exata entre a representatividade eleitoral das legendas e seu custo.
Informações de portal R7
FOTO: ilustrativa / GettyImages