Império da São Jorge ficou com o 2ª lugar em 2008 e será a 4ª escola a desfilar
Marinês Silveira- [email protected]
“Sou negro, sou belo, sou forte …. sou filho da mãe África” com essa temática a escola de samba Império da São Jorge, promete trazer para a pista de eventos José Eli Teles da Silveira muita alegria e diversão ao público.
Segundo o presidente da Império, Cleber Luis Moreira, a escola vai mostrar o negro não como vítima e sim como um guerreiro. “Vamos falar da história do negro, os navios negreiros, mostrando suas culturas, culinárias, suas artes e também negros que fizeram história como Nelson Mandela, Zumbi, Luther King entre outros”.
Fundada em 2004 pelo próprio presidente juntamente com seus familiares e amigos, a escola está crescendo a cada ano, “no primeiro ano tínhamos cerca de 320 componentes hoje somos 600” disse o presidente.
A bateria “guerreiros da alegria”, com cem componentes, está por conta do “Mestre Boneco”, que também conta com a graça da rainha Ketlen Carvalho.
Cleber coloca que neste ano a escola pretende montar trabalhos sociais. “No ano passado disponibilizamos a quadra para fazer um trabalho em conjunto com a igreja evangélica, para reforço escolar, recreação e atividades com as crianças” explicou.
A quadra da escola Império da São Jorge fica localizada na Rua Jaburu, s/n, bairro São Jorge.
Ficha técnica:
Fundação: setembro de 2004
Presidente: Cleber Luis Moreira
Numero de alas: 12
Componentes: 600
Carros: 3
Bateria: “mestre boneco”
Samba enredo:
Sou negro, sou belo, sou forte…. sou filho da mãe África
Kawó vem ver o meu Império da São Jorge desfilar.
Abra seu coração deixa o tambor tocar: somos filho da África.
Nos navios negreiros, sofrimento, choro e dor….
A força dos grilhões escravizava, mas não tirava da raça sua força seu valor.
Essa cultura exuberante atravessou o mar.
Na terra nova, tudo veio influenciar….
O toque do atabaque aos orixás
Pedindo liberdade e paz.
Sou guerreiro de zumbi,
Eu sou negro lanceiro,
Sou capoeira, sou rei desse terreiro.
De Mandela a Luther King, do Egito à Bahia,
Quero Quizomba e os Erês com alegria
Na música, na dança na religião,
Metalurgia e mineração, na arquitetura, na culinária mundial,
A influência negra está presente.
O preconceito um dia há de se acabar:
O negro é luta
O negro é festa
O negro é fé
Vem cantar negro, vem mostrar samba no pé