Técnica utilizada nos Estados Unidos foi apresentada no Congresso Brasileiro de Cirurgia e Técnicas Minimamente Invasivas da Coluna Vertebral.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Uma nova técnica utilizada nos Estados Unidos para operar hérnia de disco foi apresentada na quinta-feira, dia 22, no 2° Congresso Brasileiro de Cirurgia e Técnicas Minimamente Invasivas da Coluna Vertebral.
Pelo procedimento, um jato de água em alta velocidade – a 960 quilômetros por hora – é direcionado até o local lesionado. A água entra no disco da coluna e quebra o núcleo, que é sugado, reduzindo a pressão sobre os nervos.
Segundo o cirurgião ortopedista Pil Sun Choi, fundador do Comitê de Cirurgia Minimamente Invasiva da Sociedade Brasileira de Coluna – SBC, cerca de 90% da população sofre, sofreu ou sofrerá de algum problema de coluna. “Desses, 90% são casos de hérnia de disco, uma inflamação causada pelo inchaço do núcleo do disco intervertebral, que comprime os nervos da coluna”.
Segundo o médico, os custos do procedimento cirúrgico com a nova técnica podem ser minimizados no futuro, já que não é necessária a internação. Na cirurgia convencional, que oferece mais riscos de infecção e sangramentos, o paciente sofre um corte de pelo menos 10 centímetros e precisa ficar internado por três ou quatro dias. A recuperação demora duas semanas.
ELIMINAÇÃO DE CUSTOS – O novo procedimento também elimina os custos com transfusão de sangue, medicamentos e possíveis complicações. “Por enquanto, no país, o ato em si é mais barato com a convencional. A menos invasiva é mais cara, pelo menos neste momento inicial. Mas isso não acontece em países desenvolvidos”.
No Brasil, a técnica está em desenvolvimento e, há dois anos, pesquisadores do Instituto de Traumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo – USP desenvolvem estudos para comparar os efeitos da técnica convencional com os da nova técnica.
De acordo com Sun Choi, ainda não há prazo para que a técnica esteja à disposição da população, já que depende da decisão das autoridades governamentais. “Para receber esse incentivo, as universidades precisam criar protocolos e mostrar que isso é realmente bom para o paciente em termos de custo e benefício”, explicou.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / design4health