Aumento foi definido para sair até fim do ano, mas falta acertar o índice. Ficou acertado que a petroleira deve receber mais um reajuste no preço do óleo diesel e da gasolina, para minimizar seu descolamento de preços.
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A disparada do dólar desencadeou uma reação coordenada do governo nesta quarta-feira, dia 21, que envolveu a presidente Dilma Rousseff, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e a dirigente da maior estatal do País, Maria das Graças Foster, com o objetivo de definir uma nova tática para o câmbio e minimizar o impacto do dólar na economia e na Petrobras.
Ficou acertado que a petroleira deve receber mais um reajuste no preço do óleo diesel e da gasolina, para minimizar seu descolamento de preços. O aumento deverá ser na casa de um dígito, mas ainda não estão definidos os percentuais.
A estatal compra combustíveis lá fora a preços internacionais e vende para o consumidor brasileiro a um valor menor. A situação, que prejudica a empresa há anos, ficou ainda mais delicada com a escalada da moeda norte-americana. Ontem, o dólar fechou a R$ 2,43, a maior cotação desde março de 2009.
A estatal tem bancado a diferença entre o custo do combustível comprado pela companhia no Exterior e aquele vendido nos postos de gasolina no Brasil. Com o aumento da moeda norte-americana, que fechou cotada a R$ 2,451 nesta quarta-feira, a diferença avança. A Petrobras gasta mais em reais para comprar a mesma quantidade de combustível, cotado em dólar.
O assunto foi debatido pela manhã por Dilma, Graça Foster e os ministros da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Enquanto isso, Mantega discutia parâmetros do Orçamento.
Ao longo do dia, o Banco Central ofereceu ao mercado US$ 2,8 bilhões em contratos de swap cambial, que equivalem à venda de dólares no mercado futuro. No cair da tarde, a assessoria de Tombini informou que ele não participaria mais do tradicional encontro de Jackson Hole (Wyoming, EUA) promovido pelo Federal Reserve, o BC norte-americano.
Câmbio
O objetivo do reunião era traçar uma nova tática para a alta do dólar. Não há como impedir totalmente a disparada da divisa, porque trata-se de um movimento de realinhamento global de investidores. Desde o início da crise, o Fed recompra títulos da dívida dos EUA e outros papéis. Esse programa está terminando e vai levar bilhões de dólares de volta aos Estados Unidos.
No início da noite, o governo convocou para esta quinta-feira, uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional – CMN, composto por Mantega, Tombini e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Informações de ZH
FOTO: reprodução / o globo