Caso ainda precisa passar pela análise de constitucionalidade na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Após, deverá seguir para apreciação de todos os senadores em plenário.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Conselho de Ética do Senado aprovou na noite desta segunda-feira, dia 25, por unanimidade (15 votos), o relatório que pede a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres pelo seu suposto envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
O caso ainda precisa passar por uma análise de constitucionalidade na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Depois dessa etapa, deverá seguir para apreciação de todos os senadores em plenário, onde a votação é secreta.
Ao longo das 69 páginas de seu parecer, o relator do caso, senador Humberto Costa (PT-PE), afirmou que Demóstenes faltou com a verdade ao dizer que não sabia das atividades ilegais de Cachoeira. O senador defendeu ainda que, mesmo que os projetos de legalização dos jogos de azar não tenham avançado no Congresso Nacional, Demóstenes teria atuado como um facilitador do contraventor na Casa.
O advogado Antonio de Almeida Castro, o Kakay, voltou a pedir aos senadores que desconsiderassem as informações obtidas pelas interceptações telefônicas da polícia que, segundo ele, foram vazadas de forma “sistemática e criminosa” para a imprensa e feitas de forma ilegal pela polícia.
Kakay pediu ainda que o caso fosse avaliado pelos 80 senadores em plenário. “O senador Demóstenes rigorosamente não mentiu, omitiu e não cometeu nada que pudesse comprometer seu mandato. Não há questão objetiva que pode imputar quebra de decoro”. Ele nega qualquer ajuda ao contraventor por parte de Demóstenes durante seu mandato.
O presidente da comissão, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), terá de aguardar um prazo de cinco sessões plenárias antes de colocar em votação a constitucionalidade do relatório aprovado no Conselho de Ética.
Informações de Uol
FOTO: José Cruz / ABr