Depois de a Expointer ter ocorrido de forma virtual há um ano, sem a presença de público por conta da pandemia de coronavírus, o Parque de Exposições Assis Brasil volta a receber visitantes. O domingo (5/9) foi uma prova de que a feira, importante para o setor agropecuário, também faz parte da programação de lazer da população. Ainda em razão da Covid-19, o ingresso de pessoas tem um teto de ocupação e todos dentro do parque devem respeitar protocolos sanitários, como o uso de máscara.
No sábado, foi registrada a venda de 7.178 ingressos. No domingo, até as 19h, foram mais 11.769. Embora houvesse previsão de chuva, o tempo colaborou e permitiu que os expositores restabelecessem o contato direto com o público. No Pavilhão da Agricultura Familiar, no sábado, a comercialização alcançou R$ 201,9 mil.
Nos primeiros dois dias da feira, que ocorre até 12 de setembro, as pessoas puderam perceber a adoção de protocolos de saúde. Foram orientadas a usar máscara, higienizar as mãos e manter o distanciamento social. “Estamos presenciando um clima de alegria, um ambiente positivo. Os expositores nos dizem que estão felizes por estarem aqui e vemos que os visitantes estão tendo um bom comportamento”, avaliou a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti.
Também para a diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Cynthia Molina Bastos, essa largada do evento deixou uma boa impressão, lembrando que, entre as ações realizadas, há atividades educativas com o público. “O reforço dos monitores está sendo muito importante para que todos possam aproveitar o passeio com segurança”, acrescentou Cynthia.
Entre as milhares de pessoas que estiveram no domingo (5) na feira foi a enfermeira Denise Nunes. Ela estava com o marido, Carlos Dalenogare, e o filho Alexandre, de oito anos. Vieram de Guaíba para visitar a feira que não viam há 10 anos. “Acho ótima essa retomada. A gente não pode perder nossa cultura. Aqui, meu filho viu alguns animais que só conhecia por meio de desenho animado, como ovelha e vaca. Ficou bem feliz, conseguiu passar a mão neles”, disse Denise. “As ovelhas são grandes, eu pensava que eram menores”, contou Alexandre.
Agricultura familiar
Conforme a comissão organizadora do Pavilhão da Agricultura Familiar, a comercialização de R$ 201,9 mil no primeiro dia da Expointer é resultado da venda feita pelas agroindústrias (R$ 164,2 mil), cozinhas do pavilhão (R$ 13,7 mil) e pelo artesanato (R$ 24 mil). Para o diretor do Departamento de Agricultura Familiar e Agroindústria da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Flávio Smaniotto, a expectativa para o primeiro dia foi superada. “Este resultado confirma o clima de retomada”, avaliou.
As artesãs expositoras Eraci Terezinha Schwert e Nilva Elsner Schwert, de Candiota, estavam satisfeitas com o movimento. “Como não tem tanta gente no parque, não dá tumulto aqui dentro do pavilhão e as pessoas conseguem ver com calma nossas peças”, disse Nilva. Elas trabalham com lã, confeccionando casacos, acolchoados, ponchos, meias e outros artigos. “Continuamos produzindo durante a pandemia, mas as vendas caíram porque não havia feiras. Está sendo muito bom este retorno”, acrescentou.
Foto: Felipe Dalla Valle / Palácio Piratini