Mandato do ex-senador será assumido por Wilder Pedro de Morais, que é ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher do empresário Carlinhos Cachoeira.
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Procurador de carreira, o ex-senador goiano Demóstenes Torres (sem partido) deverá enfrentar um procedimento disciplinar quando retornar ao cargo no Ministério Público de Goiás, do qual estava licenciado desde 1999.
Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira, dia 11, a Corregedoria-Geral do ministério informou que aguardava apenas a publicação da decisão do plenário no para instaurar um procedimento disciplinar. Nenhum procedimento foi instaurado até então porque as acusações não atingiram sua atuação como membro do Ministério Público.
Por 56 votos a 19, o Senado aprovou na quarta-feira, 11, a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres. O mandato de senador será assumido pelo primeiro suplente de Demóstenes, Wilder Pedro de Morais, que é ex-marido de Andressa Mendonça, atual mulher do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
A licença de Demóstenes perde o efeito tão logo a decisão do Senado seja publicada. Caso reassuma o cargo de procurador, Demóstenes voltará a atuar na 27ª Procuradoria de Justiça, onde receberá um salário de R$ 22 mil, sem considerar os benefícios do cargo de procurador.
Além disso, mantido o vínculo com o MP-GO, Demóstenes continuará detendo foro privilegiado por prerrogativa de função. Assim, o processo do Supremo Tribunal Federal – STF deverá ser julgado pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Já se ele for desligado do ministério antes do julgamento, poderá ser julgado pela Justiça Federal em Goiás.
A Corregedoria Nacional do Conselho Nacional do Ministério Público também está apurando o suposto envolvimento do procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, com o grupo de Carlinhos Cachoeira. O procurador é irmão de Demóstenes.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / oestadoce