Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponta também que 60% dos gaúchos furtados não comunicam o crime à polícia.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A cada minuto, um gaúcho é alvo de ladrões. São 1.841 casos de furto ou roubo por dia no Rio Grande do Sul. Embalada por esse ritmo, a lista de vítimas em um ano atingiu a marca de 672 mil pessoas – 7,1% da população do Estado com mais de 10 anos.
Os números compõem o suplemento especial sobre as características da vitimização no Brasil da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad de 2009, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
O estudo que se debruça sobre a violência no Brasil traça um perfil detalhado das vítimas de furto (sem violência) e roubo (com violência ou ameaça) no Estado. Após entrevistar 29,4 mil gaúchos, o IBGE projetou outro índice alarmante: as 672 mil vítimas foram alvo de 690 mil crimes, entre setembro de 2008 e setembro de 2009. Ou seja, 18 mil gaúchos foram vítimas de ambos crimes nesse período.
O índice de crimes não comunicados à polícia – cerca de 40% nos casos de roubos e 60% nos furtos – também surpreende. Conforme o estudo, 39,8% dos assaltados não ligaram para a Brigada Militar ou procuraram uma delegacia da Polícia Civil. Ou seja, 97,5 mil vítimas preferiram apenas esquecer o ataque.
Deste grupo, 27,5 mil pessoas teriam desistido de levar o caso adiante por descrença na polícia. Outros 17,1 mil vítimas apenas não quiseram envolver a polícia ou tinha medo de represálias após a notificação.
Nos casos de furto, a subnotificação seria ainda maior, conforme o estudo, chegando aos 59,7% do total de casos. Ou seja, das 445 mil vítimas desse crime em um ano, 265,6 mil não teriam procurado ajuda das polícias Civil e Militar. Entre essas vítimas prevaleceu a falta de provas como principal razão para não dar queixa. Por esse motivo, 130 mil pessoas deixaram de notificar as autoridades.
Informações de ZeroHora.com
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