Pesquisa feita em 2009 no Brasil apontou que 87% da comunidade escolar têm algum tipo de preconceito contra homossexuais.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Um documento com orientações a governos de todo o mundo para o enfrentamento da homofobia em ambiente escolar será lançado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – Unesco em 2012.
Entre as principais recomendações, estão a formulação de políticas específicas para atender estudantes LGBTs (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e transexuais), o treinamento de professores para lidar com a questão e a produção de materiais de combate ao preconceito contra homossexuais nas escolas.
Pesquisa realizada em 2009 pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo – Fea-USP apontou que no Brasil 87% da comunidade escolar – sejam alunos, pais, professores ou servidores – têm algum grau de preconceito contra homossexuais.
O Ministério da Educação – MEC estava preparando um kit contra a homofobia que seria distribuído em escolas de ensino médio. Vídeos e cartilhas elaboradas por entidades que defendem os direitos da população LGBT formariam o material. A produção, entretanto, foi suspensa pelo governo após reclamações de parlamentares da bancada religiosa sobre o seu conteúdo, que também desagradou à presidente Dilma Rousseff.
MUNDO – O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou durante evento em Nova York na semana passada que o bullying contra crianças e jovens homossexuais é um problema que ocorre em escolas de todas as partes do mundo. “Ele afeta os jovens durante todo o caminho para a vida adulta, causando enorme e desnecessário sofrimento”, avaliou.
“Crianças intimidadas podem entrar em depressão e abandonar a escola. Algumas são até mesmo levadas ao suicídio. Isso é um ultraje moral, uma grave violação dos direitos humanos, além de ser uma crise de saúde pública.”
Segundo dados divulgados pela Unesco, nos Estados Unidos, mais de 90% dos estudantes LGBTs dizem ter sido vítimas de assédio homofóbico. Na Nova Zelândia, 98% dos homossexuais contam que já foram abusados verbal ou fisicamente na escola.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / GettyImages