O Prevers, estudo realizado pela Universidade Feevale, em parceria com a Sedac RS, aponta as tendências no mercado criativo nos próximos anos.
A pandemia provocada pelo coronavírus acelerou mudanças de consumo que há algum tempo eram debatidas na sociedade. Com o isolamento social, serviços de delivery, clubes de assinatura, home office e lojas de e-commerce ganharam maior popularidade e devem permanecer em alta na rotina de consumo dos gaúchos, no cenário de pós-pandemia. Esse é o resultado apontado pelo Relatório de Tendências Comportamentais do RS (Prevers), apresentado nesta terça-feira, 7, pela Universidade Feevale e pela Secretaria da Cultura do Rio Grande do Sul (Sedac), em evento na Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre.
O estudo, realizado pelo mestrado em Indústria Criativa da Feevale e pela Sedac, mapeou as tendências de mercado para a indústria criativa do Estado nos próximos anos. O material é dividido em cinco dimensões: cultura e sociedade; tecnologia e empreendedorismo; marcas e conteúdos; cidades e turismo; e bem-estar. Com metodologia estatística, analítica e qualitativa, a pesquisa fez um aparato do cenário regional em relação às tendências mercadológicas. “O Prevers se concretiza como resultado de um trabalho extenso de análise que gerou um mapeamento dessas tendências, que servem de caminho para a indústria criativa”, afirma Cristiano Max Pereira Pinheiro, coordenador do mestrado.
O relatório aponta para o crescimento no consumo dos idosos no segmento que é um nicho de mercado e que tende a se expandir nos próximos anos. O Prevers refere-se a esse público o termo “economia prateada”, e aponta Porto Alegre como a segunda capital do país com maior população acima dos 55 anos. “Esses motivos levam empresas gaúchas a estarem de olho nesse público-alvo, que está cada vez mais ativo e em busca de novidades”, explica a professora do Centro de Design da Feevale, Renata Fratton Noronha.
Outro termo que apareceu com frequência no estudo foi o “coworking”, também conhecido como espaços compartilhados de trabalho. Esses locais ganharam popularidade entre os profissionais, impactados pela pandemia e a crise econômica, que resultou no fechamento de muitas empresas. De acordo com dados do site Coworking Brasil, o país registrou, neste ano, mais de 50 espaços registrados on-line, em 17 cidades. “Essa é uma tendência que veio para ficar. Os espaços coworking mostraram-se uma ótima alternativa em meio à pandemia, que deve permanecer ativa no pós-coronavírus”, pondera a professora Vanessa Valiati, do mestrado em Indústria Criativa.
O Prevers foi desenvolvido por 15 pesquisadores, bolsistas e voluntários do Centro de Design e do Laboratório de Criatividade da Universidade Feevale, com suporte do programa RS Criativo, do governo estadual. O relatório completo pode ser acessado em https://feev.as/5d9de42.
Foto: Gabriel Lemos Petry/Universidade Feevale