Um saco novo ou um saco velho, uma lata, um arroio, talvez em uma plantação de milho ou em uma colheita da batata. Não importava a idade ou a geração, o thiltapes sempre esteve presente como uma das brincadeiras mais antigas dos imigrantes alemães.
Quando um estudante novo chegava no colégio agrícola, ou um novo vizinho, uma visita, era hora de ensinar a verdadeira caçada ao thiltapes. Com o saco em uma das mãos e na outra a lata, os amigos o levavam até o arroio para sua missão, que levava horas e horas. Para a sua infelicidade, nunca se pegava o bicho.
Passavam-se dois dias, três dias, até quatro dias de caçada e nada. A única certeza era que a partir daquele momento uma nova amizade estava por nascer, amizade que duraria por um vida inteira.
Quando lembramos destes momentos, entendemos o quanto um amigo pode influenciar a nossa infância, a nossa vida. Tantas coisas deixamos de fazer ou deixamos de ensinar aos nossos filhos, tantas memórias vão se apagando, por não as passarmos de gerações em gerações.
Hoje me emociona quando uma criança ou um jovem pergunta como era quando você vivia no interior. A melhor imagem que vem em minha cabeça é o fim de tarde reunidos em frente ao chalé para combinar quem será o próximo a caçar o thiltapes no final de semana.
E você? Qual a sua história de caçada ao thiltapes? Já caçou?
Uma coisa é certa, este bicho vai ficar em nossas memórias por muitos anos…