Resultado fica acima do intervalo das estimativas dos analistas, mas IBGE vê variação como “estabilidade” e reflete o aumento da procura por trabalho.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A taxa de desemprego apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE nas seis principais regiões metropolitanas do País ficou em 7,5% em maio, ante 7,3% em abril, segundo informou nesta quinta-feira, dia 24, a instituição.
Apesar do aumento, trata-se da menor taxa para meses de maio desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em março de 2002. O resultado ficou acima do intervalo das estimativas dos analistas, que esperavam índice entre 6,8% e 7,4%, com mediana de 7,1%.
A pequena elevação na taxa de desemprego é considerada como “estabilidade” pelo gerente da pesquisa mensal de emprego do IBGE, Cimar Azeredo. Segundo ele, a taxa de maio reflete o aumento da procura por trabalho, já que o número de desocupados (sem emprego e a procura de uma vaga) subiu 3,2% ante abril.
“O aumento da ocupação não foi suficiente para atender todas as pessoas que buscavam trabalho. Nesse período do ano é comum aumentar a busca por uma vaga, especialmente diante das notícias de cenário econômico mais favorável, que estimulam a população a procurar trabalho”, disse Azeredo.
Ele destacou a forte queda ocorrida na taxa em maio deste ano em relação a igual mês do ano passado, quando a taxa de desemprego chegou a 8,8%. Nessa comparação, enquanto o número de pessoas sem emprego e a procura de uma vaga reduziu em 272 mil, foram geradas 894 mil vagas.
Segundo o IBGE, o número de ocupados em maio somou 21,878 milhões nas seis principais regiões metropolitanas, com alta de 0,3% ante abril e aumento de 4,3% ante maio de 2009. Já o número de desocupados totalizou 1,764 milhão, com alta de 3,2% ante abril e queda de 13,4% na comparação com maio do ano passado.
RENDIMENTO – O rendimento médio real dos trabalhadores registrou, em maio, a primeira queda ante mês anterior apurada pelo IBGE em 2010. O último recuo anterior, nessa base de comparação, havia ocorrido em dezembro de 2009, de 0,9%, exatamente a mesma magnitude de queda apurada em maio deste ano ante abril. O rendimento médio real dos trabalhadores chegou a R$ 1.417,30 em maio.
Informações de Estadão
FOTO: reprodução / Estadão