Denúncia deve ser entregue à Justiça na semana que vem. Dos nove detidos ao longo da semana, sete ainda estão presos. Duas suspeitas prestaram depoimento e foram liberadas, ainda na quarta-feira, dia 08.
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Seis presos na Operação Leite Compen$ado do Ministério Público – MP prestaram depoimento em Tapera, no Alto Jacuí, na manhã desta sexta-feira, dia 10. “Cinco deles optaram pelo silêncio constitucional e o sexto disse que somente transportava e não sabia da adulteração do leite”, informou o promotor de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, Mauro Rockenbach. O sétimo detido deve ser ouvido às 14horas da próxima segunda-feira, dia 13, em Guaporé.
A previsão era de que Rockenbach entregasse a denúncia à Justiça ainda nesta sexta, mas o documento só deve ser finalizado na semana que vem. “Estou fazendo o esforço possível para entregar pelo menos o do núcleo de Ibirubá, na segunda-feira”, explicou. Serão três denúncias separadas referentes aos núcleos de Ibirubá, Guaporé e Horizontina. “Os grupos agiriam individualmente, sem vínculo associativo entre eles”, esclareceu.
Apenas em Ibirubá há indícios de formação de quadrilha, segundo Rockenbach, o que não existiria em Guaporé e em Horizontina. Dos nove detidos ao longo da semana, sete ainda estão presos. Duas suspeitas prestaram depoimento e foram liberadas, ainda na quarta-feira.
O total de leite adulterado movimentado durante um ano chega a 100 milhões de litros. Mais de 100 toneladas de ureia teriam sido adquiridas para a mistura. Em uma das formas de fraude identificadas pelo Ministério Público, uma substância com formol era adicionada, na proporção de 1 quilo para 90 litros de água e mil litros de leite.
Os suspeitos lucravam 10% a mais do que os 7% já pagos sobre o preço do leite cru, em média R$ 0,95 por litro. A adulteração é um crime hediondo de corrupção de produtos alimentícios, previsto no artigo 272 do Código Penal.
Informações de Correio do Povo
FOTO: reprodução /Correio do Povo