Issur destacou que não tem nada contra o carnaval, mas vê que a cidade tem outras prioridades. Serjão diz que votou contra por uma questão de burocracia, pois segundo ele, a Sociedade Carnavalesca não prestou contas para a Prefeitura.
Eduardo de Souza Bento ([email protected]) (Siga no Twitter)
Em sessão ordinária, na noite desta segunda-feira, dia 10, a Câmara aprovou um repasse de 242 mil para ações culturais vinculadas aos desfiles de carnaval da cidade. Os parlamentares, Issur Koch (PP) e Sergio Hanich (PMDB) rejeitaram a proposta. E a redação do novohamburgo.org conversou com os dois vereadores sobre o assunto.
Issur destacou que não tem nada contra o carnaval, mas vê que a cidade tem outras prioridades. “Entendo que seja uma questão moral, mas no momento vejo que cidade necessita de outros investimentos, na minha consciência a prioridade agora, são as pessoas que foram atingidas pelos temporais dos últimos tempos, sofrendo até hoje”, disse. “Sei que a verba é destinada para a cultura, e que só pode ser utilizada para a cultura, mas penso que temos outras questões para resolver”, explicou o progressista.
Ele ainda enfatizou que além desse investimento para as famílias atingidas pelas fortes chuvas, poderiam investir em mais dois aspectos com a verba que foi destinada. “Poderia ser comprado geradores próprios para a Comusa, para que não haja tanta falta de água, além disso investir em escolas também seria um bom investimento, por exemplo, a Escola Negrinho do Pastoreio,do bairro São Jorge, está com sua infraestrura precária e as aulas estão prestes a começar”, salientou Issur. O vereador ainda respondeu se votaria que não votaria a favor da proposta por uma questão pessoal. “Não votaria a favor, por uma questão de consciência do momento em que a cidade se encontra, pois penso que hoje, o carnaval não traria um investimento futuro como se fosse repassado para os outros segmentos que estamos necessitando”, ressaltou Issur.
O vereador Serjão, como é conhecido, argumentou que votou contra por uma questão de burocracia. “Não tenho nada contra o carnaval, mas votei contra, pois a Sociedade Carnavalesca não prestou contas para a Prefeitura”, disse o parlamentar, que ainda ressaltou o que poderia ser feito com esse repasse para a cidade. “Poderíamos colocar mais de vinte situações que necessitam de investimento em nossa cidade, mas as principais são saúde e educação. Por exemplo, não temos nenhuma cirurgia de adenóide para as crianças, cirurgia de catarata, de vesícula entre outras em nosso município. Na educação, algumas escolas infantis e de ensino fundamental do município estão em péssimo estado”. Além disso, o peemedebista disse que não votaria a favor da proposta se fossem outros os valores. “A questão não são somente os valores, mas a seguinte: A Sociedade não prestou contas, se não prestou contas não posso votar a favor”, finalizou o parlamentar.
Foto: ilustrativa / CMNH