Neste segundo semestre do ano, o Ministério da Saúde tem trabalhado a campanha de esclarecimento e conscientização que preconiza o atendimento de adolescentes desacompanhados pelas unidades de saúde. A recomendação se baseia nos códigos de ética de todas as categorias profissionais de saúde e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela lei número 8.069/1990, que completou 27 anos no último dia 13 de julho.
Dentro desse contexto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com apoio do Núcleo Municipal de Educação e Saúde Coletiva (Numesc), promove o Seminário “O espaço do adolescente na rede de saúde de Novo Hamburgo”. O evento acontece na próxima sexta-feira, dia 11, das 13 às 16 horas, no Auditório do Prédio Azul do Câmpus 2 da Universidade Feevale (rodovia ERS-239, 2.755). E o público-alvo do painel são profissionais de saúde de toda a rede de atendimento no Município.
De acordo com o médico de família Paulo Luchesi Soares, do Numesc, o encontro surgiu de uma demanda de profissionais da rede pública, levando-se em conta que o tema está na pauta nacional da saúde. “É um assunto delicado e relevante, que se refere à discussão sobre até onde vai a autonomia do adolescente.”
Formam a comissão organizadora do encontro a coordenadora do Programa Saúde na Escola (PSE) e do setor de Saúde do Adolescente, Cristine Schüler, a integrante do Numesc e da Vigilância Epidemiológica Solange Shama e a coordenadora da Política de Alimentação e Nutrição (PAN), a nutricionista Mabilda Dalmazo Dotto.
Poder judiciário tem representação no painel
Os painelistas convidados são a juíza Ângela Martini, do Juizado da Infância e Juventude da Comarca hamburguense, que falará sobre aspectos legais do atendimento ao jovem; a representante da Secretaria Estadual de Saúde (SES) pelo Setor de Saúde da Criança e do Adolescente, Ana Luíza Tonietto Lovato, e a médica e professora Niva Chamis, da Escola de Saúde Pública (ESP).
Já a coordenadora do Programa Saúde na Escola (PSE) e do setor de Saúde do Adolescente, Cristine Schüler, usará o seu espaço como palestrante para promover a contextualização ao público presente em relação à trajetória do grupo gestor de políticas públicas voltadas a jovens em Novo Hamburgo.
Cristine faz questão de ressaltar que o trabalho de aproximação da família é pertinente ao processo de atenção à saúde do adolescente. A participação de mãe, pai ou responsáveis se dá conforme a necessidade identificada pelo profissional de saúde e uma equipe multidisciplinar. Afinal, para se trabalhar com o jovem, o conhecimento da dinâmica familiar é imprescindível. “O seminário visa a difundir o debate sobre o protagonismo do adolescente em relação a sua saúde”, destaca. “E o profissional da Saúde tem um papel importante nas ações de atenção integral desse paciente, traçadas a partir de vínculos de confiança mútua”, completa.