Explosões mataram 3 pessoas e feriram 176 na chegada de maratona. Segundo a polícia. Investigação vai demorar, e ainda não há presos.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O FBI afirmou nesta terça-feira, dia 16, que não há risco de mais ataques após os atentados que mataram 3 pessoas e deixaram 176 feridas, 17 delas em estado crítico, na véspera na chegada da maratona de Boston.
O departamento, a polícia federal dos EUA, assumiu a chefia da investigação do ataque da véspera.
O local vai ser tratado como “cena do crime” e vai haver coleta de provas durante vários dias, informou Rick DesLauriers, agente especial do FBI, durante entrevista coletiva conjunta das autoridades sobre o caso. O FBI não confirmou informações sobre detidos em relação com o ataque.
Várias testemunhas estão sendo ouvidas. A polícia pediu “paciência” aos moradores da região e disse que os cidadãos devem se acostumar com a segurança intensificada na cidade nos próximos dias.
Bombas poderosas
As duas fortes explosões ocorreram na chegada da Maratona. Segundo a polícia, as explosões foram causadas por duas bombas “poderosas”. O governador de Massachusetts, Deval Patrick, desmentiu que outras bombas não detonadas tenham sido encontradas no local.
Os dispositivos que explodiram foram embalados com pólvora, rolamentos de esferas e estilhaços para maximizar os ferimentos das vítimas, de acordo com uma autoridade policial com conhecimento da investigação, que não quis ser identificada.
Uma autoridade federal ouvida pela Reuters disse que é necessário descobrir se se trata de algum grupo nacional ou estrangeiro. Agentes do FBI e da Segurança Nacional foram vistos entrando em um complexo de apartamentos na Ocean Avenue, em Water’s Edge. Diversos veículos da polícia foram vistos no entorno do local.
O Corpo de Bombeiros de Revere informou ter sido acionado para auxiliar a polícia em uma busca em um apartamento de uma “pessoa de interesse”, segundo uma nota do departamento.
As explosões geraram uma cena de caos na cidade, com feridos e escombros pela rua e movimento de paramédicos. Por precaução, a agência de aviação civil dos EUA fechou o espaço aéreo sobre a região de Boston.
O incidente ocorreu no momento em que milhares de corredores terminavam a 117ª edicão da maratona, considerada a mais antiga do mundo, disputada desde 1897. Muitas pessoas estavam no local, em clima festivo, esperando pela chegada dos corredores.
As duas explosões, quase simultâneas, ocorreram por volta das 14h50min locais (15h50min de Brasília). Testemunhas falam ter visto feridos graves, com membros amputados, e muito sangue. A prova deste ano era disputada por pelo menos 131 corredores brasileiros.
Terceira explosão
A polícia também havia informado que uma terceira explosão atingiu a Biblioteca e Museu Presidencial JFK, também em Boston, a5 quilômetros do local da maratona. Rachel Day, porta-voz da biblioteca, disse que houve um incêndio no local, mas sem feridos.
Segundo a polícia, esta explosão não estava relacionada com as ocorridas na maratona. O comissário de polícia Ed Harris disse que não havia conhecimento de nenhuma ameaça anterior aos incidentes. Os policiais também pediram que a população não se reúna em grupos e que procure se manter em suas casas.
Nova York em alerta
O departamento de polícia de Nova York aumentou a segurança nos principais marcos turísticos de Manhattan, incluindo áreas próximas de importantes hotéis, disse o vice-comissário da polícia local, Paul Browne. Browne afirmou à Reuters que a polícia de Nova York estava enviando veículos de contra-terrorismo para toda a cidade.
A polícia de Washington também aumentou o nível de segurança. Um cordão de isolamento foi posto em frente à Casa Branca, residência oficial do presidente.
Obama
O presidente dos EUA, Barack Obama, mandou reforçar a segurança no país após o incidente e prometeu investigá-lo “a fundo”. Obama foi informado sobre o incidente por Lisa Monaco, conselheira de Segurança Interna, por Bob Mueller, diretor do FBI e por outros funcionários.
Ele ofereceu ao prefeito de Boston, Tom Menino, e ao governador de Massachusetts todo o apoio necessário.
Ataques anteriores
O atentado foi o pior ataque a bomba no solo dos EUA desde que o militante norte-americano de extrema-direita Timothy McVeigh detonou um caminhão-bomba que destruiu um edifício federal em Oklahoma City, em 1995, matando 168 pessoas.
Informações de Portal G1
FOTOS: reprodução / Portal G1