Novo Hamburgo tem um estabelecimento que compra, vende e troca livros, revistas, CDs, DVDs e demais artigos do gênero com alguns anos de uso. As opções vão dos mais novos exemplares até raridades impossíveis de se achar nas livrarias habituais. Trata-se de um sebo, como é chamado esse tipo de comércio.
O espaço se chama Só Ler e localiza-se na Rua Joaquim Nabuco, quase esquina com a Rua Magalhães Calvet, no Centro.
A responsável pela loja, Márcia Silveira, esclarece que a oferta de títulos é muito variada. Há revistas antigas – com valores que vão de R$ 0,25 até 1 real – e revistas do mês corrente, que têm preço mais barato do que nas bancas, em torno de 5 reais. “Conseguimos um preço melhor para as revistas do mês porque as recebemos com uma defasagem de alguns dias em relação aos outros pontos, que recebem no início do mês”, esclarece.
Entre os livros, há uma variedade imensurável. Na Só Ler, é possível encontrar clássicos da literatura brasileira, como Grande Sertão Veredas, ao custo de 5 reais e também obras contemporâneas e de muito sucesso, como O Código Da Vini, ao custo de 25 reais. Há também a possibilidade de troca de livros. Para esta prática, o usuário deve ter em mãos dois livros de valor comercial semelhantes para trocá-los por um do mesmo nível na loja. “Troca-se dois por um, mas as avaliações podem variar de acordo com o preço dos títulos e o estado em que eles estiverem”, avisa Márcia.
Assim como os artigos da loja, o público freqüentador é bastante variado. São secretárias em busca de revistas para os consultórios onde trabalham, estudantes do ensino médio atrás de clássicos para o vestibular, mestrandos e doutorandos procurando por títulos raros e específicos para suas dissertações, como edições determinadas das revistas Cruzeiro ou Manchete, entre outros públicos segmentados.
É o caso da dona-de-casa Noeli Oliveira, que freqüenta a Só Ler para comprar gibis para o filho mais novo, Lucas, 7 anos. Se nas bancas uma revistinha em quadrinhos pode custar até 5 reais, ali, raramente sai por mais do que 1 real. “É muito mais em conta e as revistas não ficam desatualizadas de um ano para o outro”, diz, com seis delas nas mãos.