Incêndio vitimou 239 pessoas. Homenagens tomaram conta das ruas de Santa Maria, como um cartaz em forma de coração com as fotos dos jovens que perderam a vida. Dezenas de pessoas se reuniram em frente à boate Kiss para homenagear amigos e familiares.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Dezenas de pessoas se reuniram em frente à boate Kiss para prestar homenagens às vítimas do incêndio ocorrido em Santa Maria, que completa um mês nesta quarta-feira, dia 27.
Com orações e salvas de palmas, os presentes no ato relembram o domingo de 27 de janeiro que marcou a vida de brasileiros e, principalmente, de parentes e amigos das 239 vítimas. O movimento Aqui Bate um Coração levou ao prédio uma faixa com um enorme coração e, dentro dele, as fotos das pessoas que perderam a vida na tragédia. O grupo que espalhou 239 corações pelas ruas do munícipio que também estampam a frase: “239 corações que nunca vão deixar de bater em nossas memórias e em toda nossa cidade. Amamos vocês onde quer que estejam”.
Os integrantes do Andradas Viva confeccionaram 239 faixas brancas com escritos em azul que levam o nome do movimento. O material foi colocado em diversas vias do município, principalmente na Rua dos Andradas — onde fica a boate Kiss — e na avenida Rio Branco.
Relembre o caso:
O incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, região central do Rio Grande do Sul, deixou 239 mortos na madrugada do dia 27 de janeiro. O fogo teve início durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que fez uso de artefatos pirotécnicos no palco. De acordo com relatos de sobreviventes e testemunhas, e das informações divulgadas até o momento por investigadores, um conjunto de fatores caracterizou a tragédia:
– O vocalista segurou um artefato pirotécnico aceso.
– Era comum a utilização de fogos pelo grupo.
– A banda comprou um sinalizador proibido.
– O extintor de incêndio não funcionou.
– Havia mais público do que a capacidade.
– A boate tinha apenas um acesso para a rua.
– O alvará fornecido pelos Bombeiros estava vencido.
– 90% das vítimas fatais tiveram asfixia mecânica.
– Equipamentos de gravação das câmeras de segurança estavam no conserto.
Informações de Zero Hora / G1
FOTO: reprodução / Eduardo Ramos