Publicação que ensina que 10 menos sete é igual a quatro foi distribuída a cerca de 1,3 milhão de alunos de escolas públicas da zona rural.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Ministério da Educação – MEC e a Controladoria-Geral da União – CGU vão abrir uma investigação formal para identificar os responsáveis pela envio do material didático destinado à educação no campo que ensina que 10 menos sete é igual a quatro (10-7=4).
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Os livros foram impressos e distribuídos a alunos de escolas multisseriadas, ou seja, de séries diferentes, de escolas públicas da zona rural do país. Em comunicado oficial, o MEC reconhece que “erros de diagramação, editoração e revisão” foram constatados em fevereiro, por especialistas contratados pelo órgão. Com isso, “os professores de educação no campo foram orientados, então, a utilizar somente livros didáticos em suas aulas”.
No entanto, a suspensão do uso do material didático só ocorreu na última quinta-feira, dia 02, pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, após denúncia do jornal O Estado de S.Paulo, que publicou na sexta-feira, 03, que foram gastos R$ 13,4 milhões na impressão do material didático com conteúdo errado. Os livros foram distribuídos para cerca de 40 mil classes, que atendem 1,3 milhão de alunos.
No segundo semestre do ano passado foram encontrados erros graves em 200 mil exemplares da coleção Escola Ativa. No total, foram impressos sete milhões de livros da coleção. A nota oficial minimiza o erro ao afirmar que “o programa Escola Ativa atinge a menos de 1% dos estudantes de escolas públicas de educação básica em todo o país”.
Para analisar o material, o MEC contratou uma comissão de professores universitários que “chegaram à conclusão de que uma nova versão do material de apoio do programa Escola Ativa só poderá ser reutilizada depois de uma discussão com os coordenadores do programa, no próprio MEC”.
Não existe previsão de quando a investigação deve ser concluída. O prazo normal varia em até 30 dias, além de prorrogação pelo mesmo período.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / abril