José Agostinho Bispo Pereira tem sete filhos com Sandra Maria, a mais nova, e possivelmente um com Maria Sandra, a mais velha.
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Um agricultor de 54 anos, acusado de abusar sexualmente de sua filha ao longo de 17 anos, foi preso em flagrante na terça-feira em Pinheiro, a 340 km de São Luís (MA). José Agostinho Bispo Pereira, 54 anos, teria sete filhos com a mulher, hoje com 29 anos.
Pereira é suspeito de manter a filha, Sandra Maria Monteiro, reclusa desde que a mãe dela abandonou a família, quando a menina tinha 12 anos. O preso vivia com a filha e seus filhos-netos em uma ilha chamada Experimento, onde só é possível chegar de barco.
A polícia chegou até a ilha em três barcos e encontrou seis dos sete filhos-netos, com idades entre 02 e os 12 anos. A filha menor, de cerca de dois meses, tinha sido dada em adoção para outra família.
Filhas-netas
De acordo com a polícia, há indícios de que a maior das filhas-netas, de sete anos, também sofreu abusos de seu pai-avô e há suspeita que outra menina, de cinco anos, também tenha sido estuprada por Pereira.
As seis crianças nunca saíram da ilha, não sabem ler nem escrever e viviam em condições de abandono. Um deles, de oito anos, é surdo-mudo, provavelmente por problemas de consangüinidade.
O preso alegou não saber que incesto é crime. O caso, similar ao do austríaco Joseph Fritzl – que abusava da filha Elisabeth e a manteve presa por 24 anos -, foi denunciado por um anônimo.
Aparentemente, vários habitantes de Pinheiro sabiam do que acontecia na casa de Pereira, mas foi em 21 de maio, quando o Ministério Público, o Conselho Tutelar e a polícia do município organizaram uma manifestação contra os abusos infantis, que ele foi denunciado.
Irmã mais velha
Outra filha de Pereira, Maria Sandra, de 31 anos, foi localizada nesta quinta-feira, dia 10 de junho, à tarde pela polícia. Em depoimento ela contou que fugiu de casa após os abusos terem começado. Assim como sua irmã mais nova, na época, ela tinha 12 anos.
Situação atual
Acompanhados de Sandra Maria, os filhos-netos foram enviados a um albergue para receberem assistência social e psicológica.
Segundo a chefe da Delegacia da Mulher de Pinheiro, Adriana Meireles, o agricultor será acusado de estupro, abandono material (pelas condições em que as crianças viviam), abandono intelectual (porque nunca receberam educação) e reclusão.
Informações de portais Terra e R7.
FOTO: reprodução / Eveline Cunha-Terra