Para quem tem arrepios só de pensar em ingressar em uma sala de aeróbica, ou tem pavor de contar repetições entre pesos e alteres na musculação, a alternativa mais procurada atualmente é o Pilates. No Brasil há pouco mais de uma década, o método já cativou milhares de pessoas e continua crescendo em ritmo acelerado por todo o território nacional.
A professora de educação física Nara Cristiane Lichter Cassel, de Novo Hamburgo, foi uma das pioneiras na atividade no Brasil. Em 1995, ela viajou à Bahia para conhecer o Pilates no estúdio da amiga Alice Becker, que foi a primeira profissional a introduzir a prática no país. De volta a Novo Hamburgo, Nara começou a atividade no andar de cima de sua cobertura, a princípio com dois alunos e apenas um aparelho. “Enquanto um fazia os exercícios de solo, o outro utilizava o aparelho”, lembra a professora.
Em pouco tempo, o espaço começou a ficar pequeno, obrigando à oferta de uma estrutura maior, em uma sala comercial no centro da cidade. De lá para cá, o movimento não parou de crescer, acompanhando a tendência pela alta procura pelo Pilates no Brasil. “Quando a pessoa começa a fazer, logo vê o resultado. São poucas repetições, mas muita intensidade”, destaca Nara, lembrando que hoje em dia são mais de 15 espaços dedicados ao Pilates em Novo Hamburgo.
A estudante Camila Fröhlich, 19 anos, é uma das pessoas que trocou a academia de ginástica pelo Pilates. Há um ano na atividade, ela diz já ter obtido resultados melhores do que no tempo em que se via entre alteres e a esteira. “Foi a atividade física com a qual eu mais me identifiquei, não falto às aulas e gosto muito dos exercícios”, destaca a estudante.
Os exercícios são feitos por diversos equipamentos que auxiliam no alongamento e no relaxamento corporal, o que proporciona mais conhecimento dos limites do corpo, além de aumentar sua flexibilidade. Além disso, o Pilates melhora a capacidade cardiovascular e respiratória, além de ajudar a combater ao estresse e outros males de uma vida agitada.
Os movimentos da prática lembram os de um acrobata e os equipamentos têm uma aparência arcaica – mas não tenha receio, é só a aparência.
Todo sistema é fundamentado em seis princípios básicos: concentração, controle, centro de força (powerhouse), precisão, respiração e ritmo.
Os exercícios são classificados como básico, intermediário e avançado e são repassados de acordo com os objetivos e as necessidades do praticante. Nos Estados Unidos, a técnica conquistou a todos e aqui no Brasil está seguindo o mesmo caminho.