Estrutura montada na área rural de Novo Hamburgo, a 40 quilômetros de Porto Alegre, tem comprometido a participação dos jovens nos debates do Fórum Social Mundial.
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Nem só de boas novas vive o Acampamento Intercontinental da Juventude – AIJ.
A estrutura montada em Lomba Grande, área rural de Novo Hamburgo, a 40 quilômetros de Porto Alegre, tem comprometido a participação dos jovens nos principais debates do Fórum Social Mundial – FSM 2010.
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A organização pretende negociar com empresas de ônibus uma forma de diminuir o intervalo entre os coletivos, disse nesta quinta-feira, 28, o coordenador de transportes do acampamento, Ênio Brizola, que recebeu queixas de estudantes e militantes, nos últimos dias. “As empresas têm disposição para diminuir de meia em meia hora para vinte em vinte minutos, os intervalos. Vamos monitorar os horários para tentar resolver esse problema”, afirmou.
Os acampados em Novo Hamburgo contam com ônibus de linha e mais 45 vagas em três ônibus que, gratuitamente, levam os participantes até a estação de trem mais próxima, de onde eles partem para Porto Alegre. “Conversamos com o metrô para diminuir o preço das passagens ou também diminuir os intervalos das composições, mas eles não responderam”, informou Brizola.
Além da falta de ônibus, as estudantes cariocas Mariana Camargo, 19 anos, e Tania Regina Prado, 18 anos, reclamam da escassez de informações sobre o horário que os ônibus partem da estação do trem para o acampamento. “Só tem de duas em duas horas e nós acabamos perdendo atividade porque o ônibus lotou na nossa vez de entrar”, disse Mariana.
As queixas ao sistema de transporte do acampamento, porém, não são unânimes. Vários estudantes contaram que não estão com problemas, como é o caso dos estudantes de Porto Alegre Jonathan Cavalheiro, 26 anos, e Vinicius Schneider, 22 anos, que preferiram ficar no alojamento para participar das atividades fora da capital.
“Os atrasos são toleráveis em um acampamento para 3 mil pessoas”, destacou Cavalheiro. Na opinião deles, há ônibus suficientes. “As pessoas que não se programam. Chegam em cima da hora e perdem o ônibus”, disse. “As pessoas sabiam que ia ser assim está no site há meses. Quem veio fazer turismo, ficou decepcionado”, completou Schneider.
A descentralização das atividades do fórum entre cidade da região metropolitana aumentou a procura por transporte, na opinião da estudante Beatriz Rosso, 20 anos. Consciente da distância do local do acampamento para as mesas de debates na capital, ela só reclama do preço dos bilhetes de trem. “Acho que a organização poderia tentar baixar o tíquete, que custa R$ 1,70.”
Com informações da Agência Brasil
FOTO: Renata Arteiro / PMNH