Em escala que vai de zero a 100, indicador de expectativa chegou a 69 pontos. Quanto maior o resultado, maior o otimismo.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O brasileiro se manteve otimista em todo o período entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012, segundo o Índice de Expectativa das Famílias Brasileiras – IEF. E mais: no mês passado, o indicador alcançou 69 pontos, a taxa mais alta já registrada.
A pesquisa mensal é feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – Ipea em 3.810 domicílios, em 214 municípios, abrangendo todas as unidades da Federação. A escala varia de zero a 100. Quanto maior o resultado, maior o otimismo das famílias. A margem de erro da pesquisa é 5%.
Entre as questões analisadas estão o momento para adquirir bens de consumo duráveis, a situação financeira da família comparada à de um ano atrás, a situação econômica do Brasil daqui a cinco anos, condições sobre quitação de contas atrasadas no próximo mês e a percepção do responsável pelo domicílio sobre estabilidade no trabalho.
Veja as principais conclusões do estudo:
Sobre o comportamento socioeconômico nacional
As famílias brasileiras mantiveram-se mais otimistas na virada do ano. Segundo a pesquisa, 64,9% dos entrevistados têm expectativa de melhores momentos nos próximos 12 meses. Os moradores das regiões Centro-Oeste (84,6%) e Nordeste (68,9%) são os mais otimistas para os próximos 12 meses.
Sobre compras de bens de consumo duráveis
O percentual de famílias que consideram o momento atual favorável à compra de bens de consumo duráveis aumentou de 57,4% em dezembro para 64,4% em janeiro. O índice de pessoas com essa opinião é maior na região Centro-Oeste (77,5%). Enquanto isso, a avaliação de que não é um bom momento para adquirir esses bens está em queda em todo o país desde o mês de setembro (41,1%), fechando o mês de janeiro com 32,2%. Entretanto, na região Norte, as expectativas de que a situação não é favorável para a compra (71,7%) são maiores do que as positivas (25%).
Sobre o grau de endividamento
As regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul apresentam maiores índices de famílias com poucas contas a pagar: 86%, 69,4% e 53,9%, respectivamente. Em todo o Brasil, 57,1% das famílias se consideram pouco endividadas. Em janeiro, a dívida média do brasileiro mostrou uma queda em relação a dezembro de 2011 chegando a R$ 4.428,46, o quinto menor valor dos últimos 12 meses.
Sobre a segurança no mercado de trabalho
A região Norte apresenta o maior índice de expectativas positivas, tanto para o responsável pelo domicílio (96,1%) quanto para os demais membros da família (96,2%). Entretanto, segundo os pesquisadores do Ipea, as expectativas para melhorias profissionais nos próximos seis meses, na região Norte, são as mais baixas, com apenas 15,3% das famílias confiantes.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / fairvoice