A Operação Metro a Metro foi deflagrada na manhã desta terça-feira, 30 de maio, no Rio Grande do Sul onde investiga uma série de irregularidades feitas por um grupo familiar que fabrica produtos de higiene. A ação é realizada pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul com a Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A ofensiva cumpre três mandados de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão em sete cidades do Rio Grande do Sul: Três Forquilhas, Terra de Areia, Arroio do Sol, Lajeado, Teutônia, Gravataí e Porto Alegre.
Segundo as investigações, o grupo familiar praticava fraudes no comprimento, largura e quantidade de papel higiênico e papel toalha vendidos a órgãos públicos através de licitações e diretamente aos consumidores nos mercados. De acordo com informações da ação, as marcas de papel higiênico Luxor, Azaléia e Alphes foram reprovadas no comprimento e na largura. Os três produtos apresentaram até 40% menos do que o apontado nas embalagens.
São investigadas também as empresas R. B. Porto & Cia. Ltda., S. B. Porto & Cia. Ltda., Portopel do Brasil Indústria e Comércio Ltda., Fralmax Indústria e Comércio de Fraldas Ltda., R. Brehm Porto – ME, Avelina Brehm Porto – ME, Rondpel Indústria e Comércio de Papéis Ltda., Schuza Atacadista e Distribuidora Ltda., Elivi Comercial Ltda., Fortpel Comércio de Descartáveis Ltda., todas da mesma família.
A investigação também apurou que algumas delas não existem nos endereços apontados nos registros empresariais e outras estão extintas legalmente, mas ainda constam como as responsáveis pela produção e participam de licitações.
De acordo com a investigação, os papeis higiênicos, além de fraldas e absorventes íntimos, são produzidos em uma fábrica clandestina em Três Forquilhas, onde existe um depósito sem autorização. A atividade sem licenciamento ambiental ou qualquer tipo de alvará é alvo de uma ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Justiça Especializada de Torres.
No dia seguinte após uma vistoria realizada pela Vigilância Sanitária Estadual, quando a fábrica foi interditada, houve um incêndio que queimou todos os materiais que haviam sido apreendidos e estavam sob a responsabilidade da empresa. Os produtos serviriam de provas em processos administrativos e judiciais, já que seriam medidos para o confronto das informações.
Foto: Ministério Público RS / Divulgação / CP