VÍDEO! Um dos mais importantes nomes da música brasileira contribuiu também para o desenvolvimento do cenário cultural de Novo Hamburgo na década de 80. Descubra como!
Felipe de Oliveira [email protected] (Siga no Twitter)
Ele era Exagerado, tinha Ideologia… Um Maior Abandonado! Fazia de tudo Pro Dia Nascer Feliz, mas não se cansava de alertar: O Tempo Não Pára…
O tempo não pára mesmo. Há exatos 20 anos, o Brasil perdia um dos maiores artistas de sua história. No dia 07 de julho de 1990, Agenor de Miranda Araújo Neto, o músico, o poeta, morreu no Rio de Janeiro, aos 32 anos, vítima da AIDS.
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Conheça o site oficial: Cazuza
Duas décadas se passaram e parece que foi ontem. Afinal, Cazuza segue entre os mais tocados em rádios dos quatro cantos do país. E não é para menos. Viveu poucos, mas intensos anos. Não era afeito a lições de moral. Pelo contrário. Rebelde, espontâneo, acreditava no amor. A mensagem é simples:
“Para mim, o amor é o contrário da morte. Por isso não tenho medo de morrer. Eu estou amando. Estou amando um homem. Isso para mim é coragem. E é contra a caretice”. (Praia de Pajuçara, Maceió, janeiro de 1989 / reprodução do site oficial)
Novo Hamburgo também cantava Cazuza
Imagine alguém que vai a Pernambuco ver Cazuza cantar. Esse é Marco Aurélio Kirsch (foto), 46 anos. Hoje, advogado, diretor de Relações Institucionais da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Novo Hamburgo – ACI-NH. Na década de 80, produtor musical e comerciante de equipamentos.
O Portal novohamburgo.org queria saber se o sucesso de Cazuza foi o mesmo também entre os hamburguenses. De São Paulo, onde o dirigente empresarial participa da Francal 2010, veio a resposta. Ninguém melhor do que ele para falar da influência do poeta exagerado sobre as novas bandas que surgiam na Capital Nacional do Calçado. Vendia equipamentos para os jovens que sonhavam com a fama.
FÃ – Marco Kirsch viu Cazuza no palco pela primeira vez ainda com o Barão Vermelho, em 1982, ou 83. Não lembra exatamente. Depois, em 1989, na época em que o músico assumiu publicamente que tinha contraído o vírus HIV, foi à Recife, capital pernambucana, vê-lo em carreira solo. “Era um cara emblemático. Se reinventou no palco durante esses anos.”
Entre 83 e 86, o advogado manteve uma loja de instrumentos musicais em Novo Hamburgo. Segundo ele, época de efervescência cultural na cidade. “As bandas eram mais autorais. O Cazuza mostrou com sua qualidade que era possível”, avalia. “Tinha todo um ambiente, as rádios eram mais abertas. A ousadia de criação tinha mais espaço.”
Sobre a importância do ídolo para a música nacional, nem precisaria comentar. O sucesso é inquestionável. Como bom fã, faz questão. “Foi um sujeito extremamente importante na questão das letras, como autor e como poeta. Trouxe qualidade. Isso, sem dúvida, é o que mantém sua memória.”
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FOTOS: divulgação