Banco foi vendido nesta segunda-feira ao BTG Pactual e empresário garante estar livre de dívidas com o Fundo Garantidor.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Banco Panamericano foi vendido nesta segunda-feira, dia 31, ao BTG Pactual. Um ponto final na conturbada negociação envolvendo o ex-proprietário Silvio Santos.
Pelo menos foi o que o empresário afirmou à noite, depois que a venda foi confirmada. Segundo ele, a operação deixou o grupo – que inclui a emissora SBT, a empresa de cosméticos Jequiti e as lojas do Baú Crediário – livre de obrigações com o Fundo Garantidor de Crédito – FGC.
“Não ganhei nada nem perdi nada”, resume Silvio. Embora o BTG tenha pago R$ 450 milhões pelo banco, esse valor foi entregue em títulos como pagamento ao FGC – o total, porém, é suficiente para cobrir somente pouco mais de 10% do rombo estimado nas contas da instituição, superior a R$ 4 bilhões. O prejuízo ficou com o FGC.
Fazendo piadas e vestindo camisa amarelo ouro, o empresário contou que o negócio foi suficiente para salvar as demais empresas do grupo. “A televisão não está mais à venda, a Jequiti também não está mais à venda e as Lojas do Crediário do Baú (sic) também não estão mais à venda. A única coisa que foi vendida foi o banco.”
Silvio Santos disse também que não participou diretamente das negociações com o BTG. “Foi tanto papel na minha frente… Eu nem assinei. Quem assinou foi minha filha Renata (Abravanel) e o meu sobrinho Guilherme (Stoliar)”, revela.
Ao ser questionado sobre detalhes do negócio, respondeu: “Não tenho a mínima idéia”. Silvio Santos afirmou que decidiu vender o banco porque “não entende nada” do negócio. “A dívida do banco eu não sei. O FGC sabe. Eu não me preocupo com os números. Número para mim é um zero à esquerda ou um zero à direita.”
Informações de O Estado de S. Paulo
FOTO: reprodução / Jornal do Comércio