Grupo reivindica aumento de 38,7% na bolsa-auxílio de 1.916,45 reais; ministérios da Saúde e Educação ofereceram aumento de 20%, a partir de 2011.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Os médicos residentes dos hospitais do Sistema Único de Saúde – SUS deram início, nesta terça-feira, dia 17, a uma greve por tempo indeterminado.
O grupo, formado por 22 mil médicos, reivindica reajuste de 38,7% na bolsa-auxílio – remuneração para os residentes –, atualmente fixada em 1.916,45 reais. De acordo com a Federação Nacional dos Médicos – Fenam, o valor está congelado desde 2006.
Ainda não há um balanço sobre a adesão ao movimento, mas representações de 24 estados e do Distrito Federal haviam confirmado, até a segunda-feira, intenção de paralisar as atividades.
A paralisação foi comunicada oficialmente pela Fenam na segunda-feira, 16. As negociações, segundo a entidade, começaram em abril, com uma tentativa de acordo com os ministérios da Saúde e da Educação.
Na segunda-feira, o Ministério da Saúde divulgou nota informando que as pastas da Saúde e da Educação tinham oferecido aos residentes aumento de 20% na bolsa mensal, mas apenas a partir do orçamento de 2011. O reajuste depende de “remanejamento de recursos de outros projetos dos órgãos financiadores”, segundo a nota.
Nesta terça-feira, deve ser formado um grupo de trabalho para analisar as reivindicações da Associação Nacional de Médicos Residentes – ANMR. Participarão do grupo os ministérios da Eduação e da Saúde, o Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde – Conass e o Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde – Conasems – órgãos que financiam o Programa Nacional de Bolsas de Residência Médica.
O governo federal também avalia outras reivindicações do grupo, como a ampliação do período de licença maternidade de quatro para seis meses e a criação de licença paternidade de cinco dias. As duas propostas foram incluídas no projeto de lei encaminhado ao Congresso Nacional pelos ministérios da Saúde e Educação.
O texto também prevê a possibilidade de que futuros reajustes sejam decididos diretamente pelo Ministério da Educação, sem necessidade de promulgação de lei.
Greve de peritos do INSS
O governo enfrenta, desde junho, outro movimento de greve organizado por médicos. Os médicos peritos que atuam no Instituto Nacional do Seguro Social – INSS estão em estado de greve desde o dia 22 daquele mês.
Uma reunião agendada para esta terça-feira, 17, com o ministro Carlos Eduardo Gabas, da Previdência, e com o presidente do INSS, Valdir Moysés. No encontro, os representantes do governo e da categoria tentarão chegar a um acordo para regulamentar as duas horas de atividades diárias dos peritos e das seis horas de atendimento em agências do INSS.
Informações de Veja
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