Objetivo é aumentar o número de médicos formados em universidades federais e particulares no país e melhorar a distribuição dos serviços prestados pelos profissionais.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Ministério da Educação lança nesta terça-feira, dia 05, um programa que cria cerca de 2,5 mil vagas de Medicina em universidades federais e particulares. O objetivo é aumentar o número de médicos formados no país e melhorar a distribuição dos serviços prestados pelos profissionais.
“Uma das nossas prioridades é a interiorização da formação dos médicos”, disse o ministro Aloizio Mercadante. O programa prevê a criação do curso em universidades federais que serão abertas nos próximos anos em Estados como Pará e Bahia, a oferta de Medicina em instituições que hoje não oferecem a carreira e o aumento de até 12% do número de vagas em cursos já existentes.
Na rede privada, Aloizio Mercadante deve anunciar a abertura de mais 500 vagas. Segundo o MEC, só será autorizada a ampliação em instituições que já receberam parecer favorável do Conselho Nacional de Saúde.
O ministério fez um levantamento das condições das instituições, como a capacidade dos hospitais-escola. Pelos cálculos do MEC, a formação de um único estudante de Medicina requer acesso a cinco leitos do Sistema Único de Saúde – SUS, além da supervisão técnica. Um dos objetivos é atrair para esse esforço de formação de médicos hospitais de excelência, como o Sírio-Libanês e o Albert Einstein.
O Brasil tem atualmente, cerca de 1,9 médico por mil habitantes, proporção inferior à de países como Argentina (3,16) e México (2,89) e muito menor que a de Cuba (6,39). A intenção dos dois ministérios é chegar a 2,5 médicos por mil habitantes até 2030.
O país forma 16,5 mil médicos por ano em pouco mais de 180 escolas. A meta do plano interministerial é aumentar esse número para 19 mil por ano. O programa é na verdade, a segunda iniciativa do plano interministerial.
Embora a crítica à má distribuição de médicos no país seja recorrente, entidades de classe encaram com reservas o plano. A necessidade de abertura de novas vagas para formação de médicos é um dos pontos questionados. O Conselho Federal de Medicina – CFM, por exemplo, argumenta que só na década passada foi autorizado o funcionamento de 85 faculdades no Brasil. O problema, na visão do CFM, é menos de quantidade e mais de qualidade.
Informações de Estadão
FOTO: ilustrativa / guiadoestudante