Brasil tem 27 milhões de consumidores online, diz Empresa de Inteligência e Comércio Eletrônico. Dos que compraram pela primeira vez em 2011, 61% são da classe C.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
R$ 18,7 bilhões. Este deve ser o faturamento do comércio eletrônico em 2011, conforme estimativa da Empresa de Inteligência e Comércio Eletrônico – e-bit divulgada nesta quinta-feira, dia 22. Em 2010, foram R$ 14,8 bilhões registrados.
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Compras pela Internet: índice do Brasil está acima da média mundial
Segundo o levantamento da e-bit, os eletrodomésticos lideraram as vendas na Internet, no primeiro semestre deste ano, seguido por produtos de informática, saúde, beleza e medicamentos, livros e assinaturas de jornais e revistas e eletrônicos.
Em agosto, o Portal novohamburgo.org quis saber como repercutia na região a informação de que os brasileiros compram mais pela Internet do que a média mundial. Descobriu que 96% dos entrevistados pela consultoria GS&MD-Gouvêa de Souza afirmaram que já fizeram compras pela Internet ou o fazem com regularidade. A média mundial é de 88%.
Roberto Siebel, da empresa hamburguense Origem Comunicação, entrevistado na época, afirmava que vê várias vantagens nas páginas de comércio eletrônico: comodidade, conforto e menos gasto de tempo. “Não preciso sair de onde estou para comprar e posso escolher qual o melhor horário para isso. Além disso, é mais fácil achar promoções que se adequem à necessidade pontual do consumidor. As lojas virtuais são 24/7”, avalia.
De acordo com os dados divulgados nesta quinta-feira, o Brasil é o quinto país com maior número de usuários de Internet, 80 milhões. 27 milhões são consumidores eletrônicos. Só em 2011, quatro milhões de pessoas fizeram sua primeira compra online, sendo que 61% pertencem à classe C.
Satisfação do consumidor
online caiu em dezembro
A pesquisa mostrou também que durante o ano passado a satisfação com o serviço prestado pelas lojas virtuais ficou em perto dos 90%, caindo em dezembro, período em que a satisfação ficou em 84%.
O diretor de e-commerce do Walmart Brasil, Flávio Dias, atribuiu essa queda da satisfação ao atraso para as entregas das compras de Natal, acarretados pela falta de planejamento das empresas que desprezaram o aumento da demanda no período que exige mais capacidade de manuseio, espaço para armazenamento e eficácia no transporte.
“Sem capacidade de armazenagem o centro de distribuição fica abarrotado de mercadorias, o que torna o trabalho menos produtivo. Isso deve ter acontecido em alguns casos no ano passado”.
NOTA E ICMS – Ele atribuiu os atrasos também à obrigatoriedade da nota fiscal eletrônica e ao fato de que algumas empresas deixaram sua implementação para a última hora, além da cobrança de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS adicional em alguns estados.
“O processo da nota fiscal eletrônica não é simples e a implantação deveria ter sido feita antes do aumento da demanda. O ICMS adicional também gera uma complicação operacional que atrasa o processo porque o valor tem que ser calculado item por item”.
Com informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / bloix