Magistrado explica sua decisão citando “o artigo 16, que constitui família o núcleo formado por homem e mulher”.
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O juiz Jeronymo Vilas Boas, que anulou a primeira união estável de um casal homossexual em Goiânia, negou que seja homofóbico: “de modo algum”, afirma o juiz, que é vice-presidente da Associação dos Magistrados do Brasil.
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Ele afirmou ainda que o casal não pode ser considerado como uma família. “Declara o artigo 16, que constitui família o núcleo formado por homem e mulher”, disse ele ao argumentar os motivos de sua decisão.
Após a anulação do juiz, o jornalista Léo Mendes, de 47 anos, e o estudante Odílio Torres (foto), de 23, viajaram até o Rio de Janeiro para realizar uma nova união, já que a primeira havia sido anulada. No entanto, a corregedoria de Justiça de Goiás revogou a decisão do juiz, e validou a primeira união.
Ao falar sobre a possibilidade de uma punição, Vilas Boas disse que “medo” não faz parte de seu vocabulário. O magistrado é pastor da igreja Assembléia de Deus e diz que já contrariou suas convicções religiosas em decisões sobre pedidos de isenções de impostos. Além disso, se disse seguidor de Karl Marx, idealista do pensamento comunista, e de Martin Luther King, pastor protestante e ativista estadunidense.
Informações de portal Terra e Fantástico
FOTO: reprodução / Sérgio Gonçalves-AFP