Coleta de dados privados por meio da internet é o serviço oferecido por empresas estadunidenses e comprado por instituições para auxiliar tomada de decisões.
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“Nós nunca deixamos de saber algo sobre alguém”. A afirmação vem de John Nardone, presidente de uma empresa norte-americana chamada [x+1], cuja função é espionar os usuários da internet e fornecer os dados a companhias interessadas.
O depoimento de Nardone faz parte de uma extensa reportagem publicada nesta quarta-feira, dia 04, no diário The Wall Street Journal sobre a coleta de dados privados por meio da internet.
O grande negócio da espionagem do consumidor está em construir “vastas bases de dados do comportamento das pessoas na internet – reunidos secretamente por tecnologias de rastreamento que se tornaram onipresentes em sites por toda a internet”, afirma a reportagem.
Empresas como a [x+1] conseguem saber se a pessoa tem casa própria, qual a renda familiar, estado civil, restaurantes favoritos, entre outras informações. A instituição financeira Capital One Financials é um de seus clientes. Ela comprou dados pessoais para decidir quais cartões de crédito oferecer a quem entra no site da empresa pela primeira vez.
RANKING – O nível de exposição do internauta varia de acordo com o site. O MSN.com, por exemplo, oferece um nível alto de exposição do internauta, segundo o jornal. O que deixa o internauta mais vulnerável é o dictionary.com.
O curioso dessa história é que duas das empresas que mais vêm sendo questionadas como invasoras de privacidade – o Google e o Facebook – são classificadas entre os de baixo índice de exposição. Isso porque o indicador se refere ao número de ferramentas de rastreamento, que, nesses dois sites, é pequeno.
O site do Journal traz um infográfico explicando: “Quando um usuário como você entra na internet e acessa um dos sites mais populares, essa visita pode ativar centenas de rastreadores eletrônicos que enviam informações sobre você a diversas empresas”.
Informações de Estadão
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