Transição entre período de neutralidade e o início do fenômeno La Niña podem causar esta alteração; porém, isso não significa um inverno quente.
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Ao calcular a média esperada para determinada estação, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – Cptec/Inpe, leva em consideração dados de temperaturas dos últimos 30 anos.
Neste ano, o inverno, que começou às 8h28 desta segunda-feira, dia 21 de junho, deve ter temperaturas mínimas acima da média histórica.
“Isso deve acontecer devido às configurações dos oceanos e às temperaturas da superfície do mar. Estamos em um período de transição entre a neutralidade e o início do fenômeno La Niña (o resfriamento das águas do Oceano Pacífico). Essa transição faz com que as temperaturas estejam ligeiramente acima da média para o inverno”, diz o meteorologista Lincoln Alves, do Cptec/Inpe.
Inverno seco e com maior concentração de poluentes
Alves ressalta, no entanto, que as temperaturas acima da média não devem representar um inverno quente. “Essa é uma estação com temperaturas amenas, então a entrada de alguma massa de ar mais intensa, dependendo de sua trajetória e intensidade, pode provocar quedas de temperatura significativas”, explica. Segundo o meteorologista, as regiões mais suscetíveis a essas massas de ar são Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
O inverno é uma estação caracterizada, em grande parte do país, por poucas chuvas e tempo seco, com possibilidade de nevoeiros e neblina nas primeiras horas da manhã.
Neste ano, não será diferente. “Devido à ausência de chuva e tempo seco, grandes metrópoles devem sofrer com o aumento na concentração de poluentes”, diz Alves.
CHUVA – Em parte da Região Nordeste, segundo o meteorologista, o inverno não é um período marcado pelas baixas temperaturas, mas pelas chuvas. “No litoral leste do Nordeste, essa é a época em que mais chove”, afirma.
São esperados acumulados de chuva mais significativos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. O inverno vai até 23 de setembro, quando começa a primavera.
Informações de portal G1.
FOTO: reprodução / Arthur da Silveira-GramadoSite