No grupo alimentação, a batata-inglesa subiu 15,98%, em conseqüência das chuvas que reduziram a oferta, e a manga subiu 26,56%.
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) quase triplicou em Porto Alegre na última medição de janeiro, na comparação com a taxa registrada no levantamento anterior, ao passar de 0,28% para 0,76%.
Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), entre as sete capitais pesquisadas, São Paulo, entretanto, foi a que registrou a maior inflação, de 1,75%, a única acima da média nacional, de 1,29%.
O economista Márcio Fernando Mendes da Silva, da FGV em Porto Alegre, atribui aos grupos alimentação e transporte a alta de preços na última semana de janeiro. No grupo alimentação, a batata-inglesa subiu 15,98%, em conseqüência das chuvas que reduziram a oferta, e a manga subiu 26,56%.
Além disso, itens essenciais da alimentação também aumentaram de preço, como o arroz branco (5,35%), o feijão preto (6,53%), e a farinha de trigo, que subiu 4,01%, elevando os preços do pão francês em 1,80% e do pão de forma em 3,52%. O açúcar refinado subiu 5,47% (59,80% nos últimos 12 meses) e o cristal aumentou 3,09%, elevando o aumento em 12 meses a 49,48%.
“No caso do açúcar, a frustração da safra na Índia, com o conseqüente aumento de preços no mercado internacional, influenciou bastante”, disse Silva.
Na área de transporte, a gasolina foi o principal fator da alta, salienta o economista da FGV. O aumento foi de 1,87% na última semana de janeiro em relação ao levantamento anterior, alta maior do que o índice de 0,80% dos últimos 12 meses. Na mesma direção, o álcool subiu 7,55%, chegando a 23,08% nos últimos 12 meses para uma inflação de 4,09% no mesmo período.