A ideia é que o rendimento da caderneta seja vinculado às oscilações da taxa Selic que é o índice pelo qual as taxas de juros cobradas pelo mercado se balizam no Brasil.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O Governo Federal deve anunciar nesta quinta-feira, dia 03, mudanças nas regras de correção da poupança. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniu com a presidente Dilma Rousseff por cerca de cinco horas em Brasília para tratar do assunto.
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Poupança pode ser mais vantajosa que renda fixa após redução da Selic
Hoje, entre as características da caderneta de poupança estão o risco zero e a isenção de cobrança do Imposto de Renda e de taxas de administração. Mas por outro lado, seu rendimento é menor do que o de outros tipos de aplicação, cuja correção depende das variações da taxa Selic.
A preocupação do governo é nesse sentido. Caso o rendimento da poupança se tornasse mais atrativo do que os fundos de renda fixa, a população, e até mesmo os grandes aplicadores, poderiam migrar para a caderneta.
O corte da Selic de 9,75% para 9% foi feito pelo Comitê de Política Monetária – Copom do Banco Central, em abril. A mínima histórica de 8,75%, vigorou entre julho de 2009 e abril de 2010.
O saldo atual da poupança está em R$ 431 bilhões. A mudança na poupança deve ocorrer porque a expectativa é que se a taxa básica de juros ultrapassar o limite de 8,5%, de acordo com cálculo dos economistas, pode ocorrer fuga de outras aplicações para a caderneta, que passa a ser mais atraente, gerando um desequilíbrio no sistema financeiro.
“À medida em que as taxas de juros vão se reduzindo, é razoável que sejam removidas algumas regras que são antigas, de um período em que a inflação era muito mais alta e as taxas nominais de juros muito mais altas”, diz o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg.
Informações de Agência Brasil
FOTO: ilustrativa / acessa