Segundo o governador do Rio de Janeiro, homens das Forças Armadas serão necessários até que se encerre o processo de transição no Complexo do Alemão.
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O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse na segunda-feira, dia 29, que manterá pelo menos dois mil homens das Forças Armadas colaborando no trabalho de pacificação do Complexo do Alemão.
Cabral se reuniu com Dilma Rousseff, em Brasília, na mesma data. Segundo o governador, a presidenta eleita vai apoiar a continuidade do trabalho que vem fazendo na área de segurança pública no Rio.
De acordo com Cabral, os homens das Forças Armadas serão necessários para evitar que o governo precise adiar o seu calendário de retomada de outras comunidades dominadas pelo tráfico.
“As Forças hoje fazem a contenção, que é um trabalho muito grande. Outra coisa é o patrulhamento interno. Por força do efetivo que nós precisamos para isso e do nosso calendário de ações que precisamos para outras unidades, nós teremos nesse processo de transição até a chegada da UPP [Unidade de Polícia Pacificadora] que vamos instalar no Complexo do Alemão, que acontecerá no final do primeiro semestre. Vamos precisar da ajuda da força de paz do Ministério da Defesa”, explicou o governador.
O governador disse ainda que manterá o modelo adotado para a pacificação das favelas cariocas e que, se houver nova necessidade, ele irá recorrer ao governo federal. “Esse modelo que estamos implementado das UPPs já existe há dois anos, deu certo e se mantém. Agora com essa modalidade, está provado que deu certo. Em outras comunidades igualmente complexas o que a gente percebe é que há uma parceria, uma camaradagem, uma aliança para o bem”, afirmou.
Trinta anos em seis
Cabral também demonstrou preocupação com a infraestrutura que o estado precisará para receber os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo. Segundo ele, será necessário fazer o trabalho de “três décadas em seis anos” nas áreas de saneamento, transporte, mobilidade urbana e infraestrutura.
O governador fluminense demonstrou, contudo, uma preocupação especial com os aeroportos e disse ter ficado feliz em perceber que a presidenta eleita também está pensando sobre esse assunto. “A minha alegria é pessoal de ver que a presidente tem um olhar específico para infraestrutura aeroportuária, porque isso diz respeito diretamente ao Rio de Janeiro e a São Paulo também. Cumbica não agüenta mais, o Galeão também; do jeito que está a perspectiva é muito precária”, completou.
Informações de Agência Brasil
FOTO: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr