Cerimônia aconteceu na manhã desta quinta-feira, dia 22, no Rio de Janeiro. Skatistas que estavam com Rafael confirmam que motoristas faziam “racha”.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O corpo de Rafael Mascarenhas, 18 anos, filho da atriz e apresentadora Cissa Guimarães, foi cremado na manhã desta quinta-feira, dia 22, no Rio de Janeiro. O estudante morreu atropelado na madrugada de terça-feira, 20, quando andava de skate.
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Cissa Guimarães deixou o local às 11h amparada pelos outros dois filhos mais velhos. O pai de Rafael, o saxofonista Raul Mascarenhas, estava na Itália e chegou às 9h20 desta quinta-feira, 22, acompanhado da filha Mariana Belém, filha da cantora Fafá de Belém.
“Meu pai não conseguiu vir para o velório porque perdeu o vôo em Milão. Rafael era a vida dele”, contou Mariana. O irmão mais velho de Rafael, Thomaz Velho, criticou os responsáveis pela morte do jovem.
“Sei que meu irmão estava fazendo coisa que não era certa. Mas acho que fazer pega é um absurdo, uma estupidez. Espero que o motorista pague”, desabafou. A CET-Rio alerta que, mesmo em interdições, a circulação de pedestres em túneis é proibida.
AMIGOS – Os amigos do skatista Rafael Mascarenhas prestaram depoimento na noite de quarta-feira, 21, após o velório do jovem, e afirmaram à polícia que os motoristas disputavam um “pega” dentro do Túnel Acústico (extensão do Túnel Zuzu Angel).
João Pedro Gonçalves e Luís Quinderé, ainda abalados com a perda do amigo, contaram à delegada Bárbara Lomba que os ocupantes do Siena preto e do Honda Civic passaram pelo túnel com as janelas abertas e gritando.
Depoimento do carona no Siena
O rapaz que estava no banco do carona do Siena que atropelou e matou Rafael, identificado apenas como André, prestou depoimento na Delegacia da Gávea, na zona sul do Rio, nesta quinta-feira, 22. Ele foi ouvido pela delegada Bárbara Lomba.
O advogado Paulo Klein, que acompanha André, afirmou que o rapaz pediu para que nada sobre sua versão sobre o atropelamento ou seus dados pessoais fosse revelado.
O objetivo é descobrir se ele sabia que o túnel estava interditado para obras e se houve ou não aposta de corrida entre o Siena e um Honda. O conteúdo do interrogatório ainda não foi divulgado.
O motorista do Siena e os outros dois ocupantes do Honda se apresentaram à polícia na terça-feira, 20, e negam o “racha”. Eles contaram que retornaram pela passagem lateral porque resolveram fazer um lanche na zona sul antes de voltar para casa, na Barra da Tijuca, zona oeste. Os rapazes, assim como o motorista, serão convocados a depor novamente, segundo a delegada.
Situação depois do atropelamento
Quando os dois carros deixaram o túnel, após o acidente, o Siena foi parado por uma patrulha da Polícia Militar, mas foi liberado em seguida.
A perícia no veículo realizada na tarde de quarta-feira, 21, revelou diversas avarias. Os dois policiais já tinham afirmado que liberaram o veículo porque não havia nada de anormal. A Polícia Civil vai ouvir os dois militares ainda esta semana, para saber por que eles liberam o motorista e se houve esquema de propina.
Informações de portais R7, Terra e Veja
FOTO: reprodução / Ag.News