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Vítima era mantida em cárcere privado e forçada a ingerir remédios abortivos.
A Policia Civil, por intermédio da 1a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre, sob a coordenação da Delegada Tatiana Barreira Bastos, cumpriu mandado de busca e apreensão em uma residência na Lomba do Pinheiro, com o apoio do Grupo de Busca e Salvamento do Corpo de Bombeiros Militar e com o auxílio de cães farejadores, onde foi encontrado um feto enterrado, dentro de um saco plástico.
Segundo a delegada, a vítima compareceu na Delegacia Especializada, comunicando que manteve um relacionamento de sete meses com um dos suspeitos, contra quem já havia efetuado um registro de ocorrência e inclusive solicitado Medidas Protetivas de Urgência. No entanto, logo depois descobriu que estava grávida e o acusado, em companhia da mãe dele e da irmã, a mantiveram em cárcere privado na residência da família, lhe forçaram a ingerir vários comprimidos de um remédio abortivo e ainda inseriram mais alguns comprimidos na sua vagina, a fim de lhe provocaram um aborto.
Em decorrência disso, a vítima passou mal e precisou ser internada, onde restou constatado que o feto ainda estava com vida e com cinco meses de gestação. Ato contínuo, a sogra da vítima a retirou do hospital e a manteve novamente em cárcere, ministrando medicamentos até que a vítima expelisse o feto, o qual foi enterrado pelos suspeitos no pátio da residência da família. A perícia esteve no local do cumprimento do mandado, os suspeitos foram ouvidos nesta tarde e a vítima encontra-se hospitalizada.