Com o brasileiro vivendo mais, o governo ainda não desistiu de impor uma idade mínima para as aposentadorias ligadas ao INSS.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
A expectativa de vida do brasileiro aumentou 25,4 anos de 1960 a 2010, ao passar de uma média de 48 anos para 73,4 anos. A pesquisa foi nesta sexta-feira, dia 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Com o aumento da expectativa, o governo ainda não desistiu de impor uma idade mínima para as aposentadorias ligadas ao INSS. Em reunião com os líderes de partidos da base no Ministério da Fazenda, interlocutores do governo pediram prazo até o dia 10 de julho para apresentar uma proposta em substituição ao fim do fator previdenciário.
A negociação foi provocada pela decisão do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Os deputados querem votar o projeto que acaba com o fator previdenciário e institui a regra apelidada de 85-95. Essa proposta tem o apoio das centrais sindicais. Para se aposentar com o teto do benefício, a soma da idade e do tempo trabalhado deve chegar a 85 anos, no caso de mulheres, e 95 anos, se homem.
O fator previdenciário é o mecanismo usado para definir o valor do benefício que leva em conta o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida do trabalhador. A regra faz com que os trabalhadores se aposentem mais tarde para obter o teto da aposentadoria.
Outro fator é a situação dos fundos de previdência privada no atual cenário de redução dos juros. Com a taxa básica de juros, a Selic, em 8,5% ao ano, os especialistas são céticos em dizer que dificilmente será possível um plano render juro real de 6% ao ano, como o brasileiro estava acostumado.
Os órgãos reguladores discutem criar novos produtos no mercado. A tendência do juro, segundo a opinião do mercado financeiro na pesquisa Focus do Banco Central, é só de queda.
Informações de Estadão
FOTO: ilustrativa / portaleducaçao