Economistas do mercado financeiro continuam prevendo que o Copom voltará a elevar a taxa básica da economia para conter pressões inflacionárias.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
O mercado financeiro voltou a elevar, na última semana, a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA deste ano e de 2011, informou na segunda-feira, dia 20, o boletim Focus, do Banco Central – BC.
Para o IPCA deste ano, a previsão do mercado avançou de 5,85% para 5,88%. Essa foi a décima quarta semana seguida de aumento da previsão. Ao mesmo tempo, a expectativa dos analistas para o IPCA de 2011 subiu de 5,21% para 5,29%.
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
Deste modo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, as estimativas do mercado estão acima da meta central para os dois anos, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais.
Para conter as pressões inflacionárias, os economistas do mercado financeiro continuam prevendo que o Comitê de Política Monetária – Copom do Banco Central, após manter os juros estáveis em 10,75% ao ano na neste mês, voltará a elevar a taxa básica da economia em janeiro, na primeira reunião de Alexandre Tombini no comando da autoridade monetária. A previsão do mercado é de que os juros avancem para 11,25% ao ano em janeiro e que terminem 2011 em 12,25% ao ano.
O mercado financeiro manteve, na semana passada, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto – PIB de 2010 estável em 7,61%. Se confirmada, será a maior expansão desde 1985 (7,85%). Para 2011, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira foi mantida em 4,5%.
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2010 permaneceu inalterada em R$ 1,70 por dólar. Para o fechamento de 2011, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou estável em R$ 1,75 por dólar.
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2010 subiu de US$ 16,1 bilhões para US$ 16,4 bilhões na semana passada.
Para 2011, o BC revelou nesta terça-feira, dia 21, que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial permaneceu estável US$ 8 bilhões de superávit.
No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 subiu de US$ 30 bilhões para US$ 32 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil avançou de US$ 38 bilhões para US$ 38,5 bilhões.
Informações de portal G1
FOTO: ilustrativa / GettyImages