Como diria Dom Quixote de La Mancha, estes sim são gigantes. Trata-se de monstruosos “moinhos de vento” que assustariam qualquer cavaleiro e seu escudeiro
Por Homero Schuch
Nosso litoral pode contar com mais uma atração, um parque eólico com setenta e cinco “gigantes”, que utilizam a força do vento para gerar energia. Trata-se de cata-ventos com 135 metros de altura, o equivalente a um prédio de 45 andares, localizados às margens da BR-290, a Free-Way, e da RS-030, proporcionando uma vista encantadora que aguça a curiosidade de todos.
Os “gigantes” têm a capacidade de produzir 159 megawatts de energia, o suficiente para, alimentar com energia, uma cidade de 700 mil habitantes.
As pás destes cata-ventos têm o comprimento de 37 metros, proporcionando uma circunferência de 74 metros, tendo amplo aproveitamento dos ventos que sopram em Osório, a Terra do Vento.
Para os que quiserem fotografar e ter uma maior aproximação do parque, existe um acesso pela RS-030, para quem sai da Free-Way, em direção a Tramandaí. Após passar a entrada para a Estrada do Mar, o condutor verá uma estrada de chão batido à direita. Esta rua o levará até os “gigantes”, onde ele terá uma visão estonteante, sentindo-se realmente na Terra dos Gigantes.
O parque é o maior da América Latina e o segundo maior do mundo. O investimento para a sua implantação veio através de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de consórcio de bancos, somando um total de R$ 662,4 milhões.
O crédito do BNDES corresponde a cerca de 69% do valor total do investimento. O restante do financiamento que foi repassados por meio de consórcio, formado pelo Banco do Brasil, Santander, ABN Amro Real, BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) e Banrisul.
O projeto é subdividido em três parques: Osório (já instalado), Sangradouro e Índios (futuras implantações), dobrando a produção de energias eólica produzida no Brasil.
O projeto do parque, realizado no âmbito do Proinfa (Programa de Apoio Financeiro a Investimentos em Fontes Alternativas), é o primeiro aprovado pelo BNDES para esse tipo de proposta.