Ex-participante do Big Brother Brasil, o hamburguense Fabrício Amaral curte a fama, mas deixa de lado as aparições na telinha
Para Fabrício Amaral, a vida não é só BBB. Após sua participação na segunda edição do reality show Big Brother Brasil, na Rede Globo, o hamburguense aproveita a fama que o programa lhe trouxe, mas busca no trabalho de DJ a verdadeira inspiração de vida. “Ser um ex-BBB não é profissão”, diz.
Em entrevista ao portal novohamburgo.org, Fabrício analisa o programa, fala da carreira e explica por que é um admirador de Novo Hamburgo.
Qual sua análise de programas do estilo reality show, como o Big Brother?
Fabrício Amaral – Pra falar a verdade, tenho assistido muito pouco esse tipo de programa, até mesmo por ter participado e saber como funciona. Hoje esses programas fazem parte das grandes e conhecidas emissoras de televisão (Globo, People & Arts, Sony) pelo retorno de audiência que alguns deles possuem.
Mas às vezes, nada do que a gente vê no programa é realmente verdade. Manipulação e jogos de artimanhas pra realmente definir o padrão de caráter de cada participante é o que eles fazem. Induzem o telespectador pelas imagens que eles editam, são coisas que infelizmente existentes no programa. Falo por experiência própria. Saber que não são as ligações e nem a popularidade que contam para o resultado final desse jogo e sim quem realmente eles escolhem pra ganhar. Isso é fato e nos deixa tristes por saber disso!
Por que o Big Brother atrai tanto a atenção das pessoas?
Fabrício – Acho que atraia mais antes, era mais original. Hoje as pessoas já sabem o que dizer, como agir devido a experiências das outras edições. Ficou sem graça! Mas acredito que a atração das pessoas seja mesmo em ver o dia a dia de cada um deles, vida real, pegação, brigas e cotidiano.
O que mudou na vida depois de sua participação no programa?
Fabrício – Algumas coisas mudaram sem dúvida. Tive a oportunidade de aproveitar esse espaço que o programa me deu pra me dedicar a minha paixão, que é minha profissão como DJ. Conheci pessoas que me ajudaram muito nos momentos difíceis, aprendi a ver realmente quem eram meus amigos. Tudo tem o seu lado bom e ruim, a gente aprende com os dois, mas só tenho a agradecer tudo que me acontece.
O que você pensa por ser sempre lembrado como ex-BBB?
Fabrício – Por um lado, não me agrada muito, pois ser um ex-BBB não é profissão. Mas sinceridade também não me incomoda, pois ser reconhecido onde você vai, principalmente quando existe o respeito em relação a isso. Sempre é bom, quem não gosta de ser bem tratado?
Quando olha outras pessoas no programa, na casa, que lembranças isso te traz?
Fabrício – Nossa, muitas, infinitas recordações boas e ruins, pois só quem realmente viveu lá dentro sabe o que é. Aqui fora é tudo diferente, lá dentro é o nosso (dos Brothers) mundo.
Fez amigos na casa? Tens contato com alguém?
Fabrício – Fiz até porque o nome do programa é “Big Brother Brasil” traduzindo pro nosso idioma significa os “Grandes Irmãos do Brasil”. A Thaís, Tarciana e o Cowboy Rodrigo sempre foram pessoas verdadeiras comigo. Às vezes encontro com eles em alguns eventos em São Paulo e Rio de Janeiro.
Após o programa você foi morar no Rio com outros colegas do programa, por questões profissionais. Porque decidiu voltar ao Estado?
Fabrício – Morei com a Tarciana enquanto fiz meu curso de teatro, por uns quatro meses. Depois disso fui pra São Paulo onde fiquei dois anos, morando por lá e trabalhando na parte publicitária como modelo e na noite como DJ. Em 2004, fiquei oito meses em Milão na Itália e, em 2005, um ano na cidade do México. Nos dois países fui para trabalhar como modelo e no México acabei trabalhando por sete meses também como DJ. Estou de volta ao Sul faz um ano, mas já estou me preparando pra viajar de novo. Vou estudar inglês, além de trabalhar como modelo e DJ.
Ao que está se dedicando atualmente? Deseja investir na carreira de ator?
Fabrício – Não. Fiz o curso de teatro pra me ajudar no trabalho de modelo mesmo, pra perder o medo e a vergonha com a câmera, aprender a usar o tom de voz. É muito importante investir sempre no nosso conhecimento, pois hoje é isso que te dá uma base pro mercado profissional. Trabalho como DJ e tenho alguns sonhos em vista, mas só conto depois de realizá-los…
Também faço parte dos colunistas da revista Sabores do Sul, em uma sessão que se chama “Por trás da fama”. Faço entrevistas com algumas personalidades, falo sobre saúde, alimentação e qualidade de vida.
Como está sua carreira como DJ?
Fabrício – Está melhorando a cada dia, pois só o tempo que realmente te deixa bom no que você faz. Experiência, sabe? Na noite gaúcha tenho trabalhado muito pelo interior do Estado e em algumas festas por aqui. Volto pra São Paulo em março, pois lá as oportunidades querendo ou não são maiores e a gente precisa produzir. Mas aqui é meu lar, minha cidade do coração, amo isso aqui.
O que mais gosta na cidade de Novo Hamburgo, e que mensagem gostaria de deixar para a cidade?
Fabrício – Novo Hamburgo é linda! Nunca tive dúvida, e em momento algum falei algo contrário disso, como foi passado de forma duvidosa no programa e no nosso jornal. Fiquei triste em alguns momentos, por saber que fui um hamburguense que esteve lá dentro da Globo, brigando e lutando por um lugar ao sol e os meus próprios conterrâneos foram os que mais me deram as costas.
Novo Hamburgo é linda e só quem mora aqui sabe o charme que a cidade tem. O que estraga aqui são algumas pessoas com esse jeito pedante e fútil de ser. Mas defendo as pessoas boas daqui, que são muitas também, e algumas delas eu conheço muito bem e tenho muito orgulho de chamá-las de amigas.
Desejo um 2007 cheio de alegrias e muitas realizações. Que esse nosso problema no setor calçadista se resolva ou a cidade encontre uma nova forma de fazer com que nossa economia volte a ser como era. O povo daqui precisa disso!
Um abraço a todos. Quem quiser entrar em contato comigo pode enviar e-mail para [email protected] ou acesse http://www.movingdjs.com.br/fabricioamaral/.