Após tragédia, a profissional afirma ter buscado informações sobre o prédio e constatou que ele estava diferente da planta analisada.
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A engenheira mecânica Jozy Maria Gaspar Enderle, proprietária da empresa Marca Engenharia, disse,em depoimento à Polícia Civil, ter feito um Plano de Prevenção Contra Incêndio – PPCI para a boate Kiss. Ela também admitiu ter elaborado o projeto com base em uma planta baixa e informou que jamais acompanhou a execução das obras.
A engenheira também disse que depois do incêndio foi constatado que o prédio não correspondia à planta que recebeu há quase quatro anos. De acordo com depoimento de Jozy, ela havia sido procurada no ano de 2009 pelo engenheiro Tiago Mutti, na época um dos proprietários da Kiss.
A dona da Marca Engenharia, após analisar a planta, chegou à conclusão de que a ocupação máxima do ambiente era de 691 pessoas. Para contemplar todas as exigências legais, existia a necessidade de sete unidades de passagens – cada unidade corresponde ao espaço de 55 cm, que permite a passagem de 100 pessoas por minuto. Em uma terceira planta, o número e o tamanho das saídas foi ampliado. Foram criadas três saídas: duas de 1,10 metro e outra 1,65. Com essas adequações, o projeto teria ficado em conformidade com a lei.
Com base neste projeto, Jozy encaminhou o cadastramento da Kiss no Sistema Integrado de Gerenciamento de Prevenção Contra Incêndio – SIG-PI do Corpo de Bombeiros. Segundo ela, apenas os dados foram inseridos no sistema e o projeto físico não ficou armazenado A própria admitiu não saber como aconteceu a vistoria dos bombeiros na Boate Kiss.
Informações de Zero Hora
FOTO: reprodução / portalguaira.com