A presidente foi a primeira mulher a abrir a Assembleia Geral das Nações Unidas e relembrou seu passado como militante política, além de homenagear as mulheres.
Da Redação [email protected] (Siga no Twitter)
Na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas feita nesta quarta-feira, dia 21, Dilma Rousseff fez seu discurso. Sendo a primeira mulher a discursar na abertura, a presidente falou muito sobre a valorização das mulheres e afirma que está representando todas as mulheres do mundo como governante do Brasil. Dilma ainda relembrou sua história e falou sobre a democracia.
Dilma escolheu uma roupa em diferentes tons de azul, a cor oficial das Nações Unidas e cumprimentou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. “Pela primeira vez, na história das Nações Unidas, uma voz feminina inaugura o debate geral. É a voz da democracia e da igualdade se ampliando nesta tribuna que tem o compromisso de ser a mais representativa do mundo. É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico”, discursou a presidente.
Ao falar sobre democracia, a presidente relembrou sua história como militante política. Dilma foi torturada em defesa da democracia e da preservação dos direitos humanos e da justiça. “Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade. E é com a esperança de que estes valores continuem inspirando o trabalho desta Casa das Nações que tenho a honra de iniciar o Debate Geral da 66ª Assembleia Geral da ONU”, afirmou Dilma.
“Tenho certeza, senhoras e senhores, de que este será o século das mulheres”, disse Dilma, sendo interrompida por aplausos logo em seguida. A presidenta ainda faz homenagem a todas as mulheres durante o seu discurso. Dilma citou palavras que pertencem ao gênero feminino na língua portuguesa e que são muito especiais, como vida, alma, esperança, coragem e sinceridade. “Além do meu querido Brasil, sinto-me, aqui, representando todas as mulheres do mundo”, completou a presidente.
Dilma acrescentou que estava nas Nações Unidas em nome de todas as mulheres. “As anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos; aquelas que padecem de doenças e não podem se tratar; aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras”, citou a presidente.
Entre a plateia estavam os líderes políticos mundiais como Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, e da França, Nicolas Sarkozy. David Cameron, o primeiro-ministro do Reino Unido também estava lá, assim como Paula, a única filha de Dilma. Maria Luiza Viotti, a representante do Brasil nas Nações Unidas também ouviu o discurso.
Informações de Agência Brasil
FOTO: divulgação