Economista afirma, no entanto, que “esses impactos são típicos do início do ano” e que devem influenciar a inflação nos três primeiros meses de 2011.
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O reajuste sazonal dos preços de educação, somado à elevação da tarifa de ônibus urbano em São Paulo, aumentaram a pressão sobre os índices de inflação de meados de janeiro.
Além disso, o mercado elevou mais uma vez a projeção para a taxa de 2011, na semana em que o Banco Central deve retomar o ciclo de aperto monetário.
O Índice de Preços ao Consumidor Semanal – IPC-S avançou 1,06 por cento na segunda prévia de janeiro, após alta de 0,92 por cento na primeira. Os custos de Educação aceleram a alta para 2,43 por cento ante 1,46 por cento, e os de Transportes avançaram 1,49 por cento agora, comparado a 0,91 por cento.
Outro dado divulgado pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, o Índice Geral de Preços-10 – IGP-10, porém, desacelerou em razão da diminuição do impacto dos alimentos, para 0,49 por cento. Mas o componente do varejo, ainda que tenha subido menos, manteve-se bastante alto, mostrando a pressão da educação e dos transportes, que tiveram alta de, respectivamente, 1,68 e 1,07 por cento, ante 0,32 e 0,66 por cento no mês anterior.
“Esses impactos são típicos do início do ano, vamos ver isso (transportes e educação) influenciando os índices de inflação nos três primeiros meses do ano”, afirmou Newton Rosa, economista-chefe da Sul América Investimentos. “Mas não é só isso. Os núcleos também mostram-se pressionados, mostrando que há componentes de (pressão de) demanda.”
Essas pressões se sentem, sobretudo, no varejo, mas a inflação no atacado também deve ficar alta, devido à volta da alta dos alimentos, já que os in natura costumam subir no começo do ano, tipicamente quente e chuvoso, o que compromete a plantação de muitos produtos. Além disso, as commodities no exterior retomaram a elevação.
Informações de O Globo
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